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16 de jul. de 2012

#48 Experiência filosófica em sala de aula - Parte I


No segundo bimestre do ano letivo de 2012, foram desenvolvidas atividades com os alunos do 3º ano do Colégio Estadual Visconde de Guarapuava, na cidade de Guarapuava – PR, relacionadas ao termo Bioética na disciplina de Filosofia.

Bioética é uma disciplina que introduz a consideração moral na medicina e nas ciências biológicas, também considerada uma “ética aplicada, chamada também que visa “dar conta” dos conflitos e controvérsias morais implicados pelas práticas no âmbito das Ciências da Vida e da Saúde do ponto de vista de algum sistema de valores (chamado também de “ética”). (…) instada a resolver os conflitos éticos concretos. Tais conflitos surgem das interações humanas em sociedades a princípio seculares, isto é, que devem encontrar as soluções a seus conflitos de interesses e de valores sem poder recorrer, consensualmente, a princípios de autoridade transcendentes (ou externos à dinâmica do próprio imaginário social), mas tão somente “imanentes” pela negociação entre agentes morais que devem, por princípio, ser considerados cognitiva e eticamente competentes.” 1

Alguns temas relacionados a esse conceito multidisciplinar e que foram tratados nas aulas, através de pesquisas e apresentações dos alunos são: Engenharia Genética, Meio Ambiente e Desenvolvimento Tecnológico.

Parte dessa proposta foi encontrada na Revista Carta na Escola, que reúne algumas matérias da Revista Carta Capital e que podem ser trabalhadas em sala de aula. A matéria em questão se chama “Limites do saber”, propondo então que além da matéria, fossem pesquisados os itens acima relacionados. Além disso, trouxe exemplos de filmes e livros que tratam do assunto, como o livro “1984” - de Geogre Orwell e o filme “Eu robô” - dirigido por Alex Proyas, mas que também é um livro. Pode ser citado ainda o livro “Admiravel mundo novo” - de Aldous Huxley, os filmes “Inteligência Artificial” de Spilberg, o filme/documentário já citado aqui "Era da estupidez", entre outros. 

Porém, o filme trabalhado como os alunos é a obra “GATTACA – Experiência genética” dirigido por Andrew Niccol, em 1997. Trata da eugenia, num futuro próximo onde é possível escolher como as crianças serão, suas características, suas habilidades, evitar doenças, etc. Dessa forma, os concebidos de forma natural são discriminados, havendo uma nova divisão de classes, mas agora pelos genes. Mas um ser humano “natural”, tenta realizar coisas que são permitidas apenas para os seres “perfeitos”. Uma bela história de ficção científica, que os alunos assistiram e fizeram uma análise através dos conhecimentos adquiridos e do que foi estudado.

Para finalizar a temática, foi proposto que os alunos fizessem contos de ficção científica, relacionados a bioética. E alguns permitiram que fossem publicados no blog. Portanto, abaixo segue os contos dos alunos da forma que enviaram e que permitiram sua publicação, citados os nomes dos autores. 

Como são vários contos, dividi em duas postagens a publicação deles. 
A ordem dos contos foi aleatória:





Aluna: Jessica Cristina

Amor pela ciência?
Levantei-me daquela manha chuvosa, nervoso com o meu novo projeto, que há meses vem sendo feito cautelosamente.
De grande risco, porem todos os ricos sendo tomando não me convencia do contrario. Eu precisava fazer; e se eu não fizesse talvez ninguém fosse fazer.

Eu sou o Dr. Panayiotis Zavos um médico de fertilidade, que sempre ajudou mulher com dificuldades de fertilização a realizar umas das maiores Feitos do ser humano. Procriar.
Jamais meu trabalho se deu como Falho. Sempre soube concluí-lo muito bem.

Porem nesses últimos meses, Uma Mulher Chamada Meg, pelo qual não posso pronunciar seu nome por completo, veio me atormentando, e me fazendo duvidar da minha capacidade como medico de fertilidade.

Fiz cinco exames incansáveis de fertilização, porem todos fracassarão.
Sua saudade para fertilização era perfeita. Mas por força Maior, ela estava incapacitada de engravidar. Sua idade era de 35 anos, talvez esse tenha sido o motivo de tal fato.

Passaram se meses e houve um dia que eu á vi novamente, Fazendo seu sexto pedido de fertilização, eu o neguei. E fui extremamente claro ao dizer, que não havia mais formas ou maneiras de fazer lá engravidar. Que deveria ser por motivos da idade avançada.

A mulher se viu desesperada, e implorou para que eu o fizesse o exame.
Mas eu o neguei novamente.

A partir desse dia, ela passou a me ligar com frequência, á deixar vários recados no meu consultório, e ate mesmo foi á minha casa, pedindo para que eu á atendesse, pela ultima vez.

Farto de tanto incômodo, resolvi perguntar á ela, porque ela estava desesperada á ter um filho.
Foi ai que ela me contou que era a ultima chance dela.
Não por ter já uma idade avançada, mas por que descobriu que tinha câncer, e que haveria pouco tempo de vida. E que o Espermatozoide congelado, era de Seu Marido morto nos conflitos do Iraque.
Seria o único fruto do casal. E ela não queria ter passado por essa vida sem nada deixar. Encontrava-se determinada á realizar.

Comovido de certa forma, me compadeci pelo sofrimento daquela mulher.
Sem ao menos ter certeza, garanti á ela que eu tomaria providencias de fazer o que ela desejava.
Ela se encheu de uma felicidade indomável incontável para mim.
Eu havia dado á ela esperança. A alegria de uma boa noticia que há tempos ela não ouvia.

Por dias, por semanas, eu pensei sobre o que fazer.
Fiz outros exames sem sucesso, fiz ate mesmo coletas de outros espermatozoides, mas tudo sem sucesso.

Quando um dia, Resolvi ir ate Meg e dizer á ela que eu havia desistido.
Entrei dentro do meu carro, e já na rua fazendo a curva para seguir em frente lembrei-me que havia esquecido os exames efetuados em cima da mesa.

Estacionei o carro, e sai andando rumo á minha casa.
Quando extintamente notei, que por mim, junto á calçada, havia passado uma senhora e seus supostos filhos. Havia Duas crianças de olhos azuis e cabelos loiros. Extremamente bonitas no olhar estético.
Eram Gêmeos. Idênticos. Tão iguais, como um... Clone.

Por estranho que possa parecer ser a Palavra CLONE, Rondava minha cabeça incansavelmente.
Foi quando uma pergunta se formulou á mim mesmo: ‘‘E se eu fizesse um Clone?’’

Foi a partir dessa ideia, que há meses eu venho trabalhando nessa minha nova ideia.
Meg de inicio achou ariscado, mas ela não havia escolha, apenas concordou sendo essa sua ultima opção.

E hoje, 4 de fevereiro de 2004, seria o dia mais histórico da Humanidade a tentativa de um Clone Humano. Eu iria efetuar a Clonagem reprodutiva.
Mesmo sendo Proibido, não me intimidou a fazer.

Ao chegar ao consultório, Meg estava ansiosa aflita, nervosa. Em fim uma fusão de sentimentos á dominava. Tudo deveria ser feito com cautela, e eu mais do que nunca deveria exigir o Maximo de mim naquele momento.

Tudo Ocorreu perfeitamente como o planejado, foi feito sem ninguém saber, Sendo de estremo Segredo.

Agora Meg se encontrava feliz. E eu considerava esse o meu pagamento.
Eu havia transferido um embrião recém-clonado para uma mulher de 35 anos de idade.
Mas eu sabia que algum dia eu teria que contar para alguém.

17 de janeiro de 2004.
Conferência de imprensa em Londres.

Depois de tanto tempo refletindo sobre o que fiz, e por pressão de Meg, e companheiros, eu desisti contar á uma conferencia que havia efetuado um Clone.
A noticia se espalhou pelo mundo todo. Por motivos que eu não consegui entender, a população se encontrava em choque abalada, era como se eu estive-se trazido uma doença ou um monstro para a Humanidade. E era triste saber que eles não sabiam realmente qual era o meu motivo e objetivo.

Fui mantido preso por alguns meses, mas solto em liberdade condicional.
Grandes poderosos políticos vieram ate a mim, dizendo que me manteriam solto, mas se eu jamais na minha vida pronunciasse sobre o Clone.
E que por ultimo eu fosse ate a impressa comunicar que a tentativa havia falhado.
O que eu mais queria era contar a todos a grande evolução. Mas de alguma forma o ser humano não aceitava evoluções, não aceitava que a ciência interferisse em suas vidas.
Eu aceitei. Decepcionado em todas as maneiras com a forma de reação do ser humano, o que me restou a fazer era mentir para todos, de algo tão grande e magnífico já feito por um homem.

Mag Morreu de câncer, dois meses depois do nascimento de seu filho Alcebiades.
Ninguém sabe que Alcebiades é fruto de um clone.
Não posso garantir que Alcebiades tenha uma vida sem risco. Ninguém sabe o que pode ocorrer com ele á qualquer momento. Ainda é sedo para distinguir qualquer fato anormal. Alcebiades tem alguns meses de vida, e passou á morar comigo. Eu o cuidarei não só como minha invenção, mas sim como o meu filho.

Alcebiades, é Fruto do grande amor de seus pais e de um grande amor de um cientista para com a ciência.

Mas disso, ninguém ficara sabendo...


Aluna: Rafaela Rocha Cavallin - 3ºA.

Revolução tecnológica

Essa história tem seu início no ano de 2170, quando na pequena cidade de Pácilo Pocetcka, surge um importante cientista e empresário de renome europeu querendo investir em um projeto antigo: a criação de uma fábrica de tecnologias. Começa então, a colocar em prática tudo o que havia planejado. A construção termina em poucos meses, logo o povo de Pácilo Pocetcka, de origem muito simples, vai para frente da fábrica para garantir um emprego nesse grande projeto que tinha tudo para ser um sucesso e fazer a cidade crescer.
Em pouco tempo a fábrica já estava em andamento, grandes máquinas, operários animados para o novo trabalho, produzindo máquinas das quais nunca haviam imaginado que seria possível serem feitas.
A inauguração foi um sucesso, reportes de todo o país estavam presenciando a novidade e relatavam que era a oportunidade do século. A cidade festejava a possível mudança que viria com esse progresso. Ao longo de muitos anos, tudo procedia perfeitamente bem, ocorria um grande avanço por ter gerado mais empregos, a população estava feliz e realizada.
Porém, junto com as tecnologias, vinha também, a criação de novas máquinas, ocupando cada vez mais o lugar de alguns operários, que a partir disso, na maior parte do expediente não tinham nenhuma função. O proprietário da fábrica precisava fazer corte de gastos, ao perceber que alguns funcionários não tinham mais utilidade, foi descartando-os.
A tristeza foi grande, mais de 100 operários foram despedidos, voltaram para suas famílias sem saber o que explicar, sabendo que a partir de agora precisariam de um novo emprego ou acabariam voltando ao emprego velho que não trazia muitos benefícios, portanto, retornariam a pobreza, estados do qual antes se encontravam, acabando com o sonho de mudar de vida através daquele novo projeto.
Os operários que restaram estavam muito preocupados também, não sabiam qual seria o destino deles ao longo do desenvolvimento da fábrica. Cada vez que produziam uma máquina diferente observavam que logo esta poderia substituir suas funções no trabalho.
O auge do ano foi a invenção do computador, uma máquina super potente capaz de fazer variados tipos de tratamentos automáticos de informação ou de processamento de dados. Veio o desemprego dos armazenadores de dados, encarregados de fazer cálculos de grande escala, desenhos industriais e outros ligados a algo em que o computador era capaz de fazer somente com uma pessoa ao seu comando. A partir disso, foi criada a máquina digital fotográfica, todas as pessoas passaram então, a registrar seus momentos mais importantes, gastando e fazendo a indústria crescer, crescer, crescer.
Porém, logo surgiu a invenção do robô, um dispositivo eletromecânico capaz de realizar trabalhos de maneira autônoma programada ou através do controle humano. Com isso, precisava de poucos trabalhadores, o trabalho destes, era somente manusear as máquinas da atualidade.
Logo os robôs passaram a ser vendidos e exportados para outras empresas dentro e fora do país, e também para casas de família, onde sua função era limpar, passar e guardar, durante o dia todo, funções antes exercidas pelas mulheres enquanto seus maridos iam ganhar o dinheiro de sustento da família. Todos viviam em paz, parecia que o mundo seguia perfeitamente, as pessoas tinham mais tempo pra se divertir, correr no parque, acompanhar o crescimento dos filhos, viajar, passear, enquanto os robôs cuidavam dos empreendimentos do humano do qual haviam sido comprado.
O que ninguém esperava é que algum dia o robôs passariam a se comunicar. Em um diálogo de um robô que servia como doméstico de uma família, com outro comprado por uma loja de sapatos que produzia todos os sapatos da cidade, pois era a única loja que mexia com isso, descobriram algo em comum - o desprezo total por humanos. Tiveram a ideia de reunir todos os outros robôs da cidade e contar a possibilidade de comunicação entre eles. Foi uma alegria surpreendente, pareciam realmente ter sentimentos e estar feliz por poder conversar e dividir seus pensamentos. Abraçaram-se, riram e contaram histórias de coisas do qual haviam sido submetidos.
O tempo ia passando, enquanto isso, os robôs ficavam mais unidos, sempre se encontrando às escondidas para planejar um modo de reverter à situação. Os humanos estavam tão envolvidos nessa ideia de não estarem mais sujeitos a fazer os trabalhos que antes prestavam a sociedade, que haviam se esquecido de observar atentamente o que acontecia no mundo a fora, somente aproveitando e levando a vida do jeito que sempre tinham sonhado, na maior folga e sem preocupações, portanto, nem podiam notar a forte ligação que agora os robôs possuíam.
O plano veio a seguir: aos poucos deixariam o trabalho que estavam acostumados a fazer no lugar dos humanos e logo o mundo estaria completamente de cabeça para baixo, os humanos seriam surpreendidos e ficariam fragilizados perdendo o controle deste.
Passaram-se meses, o plano ia seguindo sem ninguém ao menos perceber, estavam cercados de tecnologias sabendo tudo o que acontecia em toda parte do mundo, em questão de dinheiro, novas invenções, celebridades, lazer e vida fácil, mas não podiam perceber a tragédia que acontecia diante de seus olhos, iludidos com o mundo perfeito da tecnologia, esqueceram-se da alegria de cuidar do que é seu e viver de compartilhamentos.
Logo o mundo estava sofrendo com o aquecimento global, efeito estufa, queimadas, desmatamento, entre outros problemas. Porém, quando a sociedade se deu conta disso já era tarde demais, no momento que perceberam que a culpa era de algo criado por eles mesmos, deram-se conta que foram muito desatentos e deixaram-se levar pela influência das tecnologias, pena que não havia mais como recuperar o grande estrago que estava feito.
Por outro lado, os robôs já haviam planejado seu teletransporte para outra galáxia, onde tudo ocorria de um modo certo, a colaboração era o principal lema da sociedade robótica fazendo assim, as coisas fluírem positivamente. Ficou para os humanos o entendimento de que causaram seu próprio fim e junto com ele, o fim do Planeta, não deixando um futuro digno para seus filhos e netos que culpa nenhuma virão a ter disto.



Josiele Correia Guimarães - Serie 3ºA

Segunda chance para o amor.
Beatriz e Artur são casados a mais de 30 anos ela já com seus 50 anos ele com 58 anos, apesar de todo esse tempo de casados eles vivem com se fosse tudo começo de namoro à paixão deles é evidente, o amor deles é incondicional, eles moram em uma cidade do interior de São Paulo, Capão bonito, moram na mesma casa de quando eles casaram. Casa que eles compraram do jeitinho que eles desejavam, ali eles tiveram suas duas filhas, duas meninas lindas, que hoje não vive mais com eles por que já são casadas e já tem sua própria família.
Artur faz todos os desejos de sua esposa, com todo o carinho e dedicação.
E em belo dia ela fala pra ele que quer viajar para um lugar que ela sempre quis conhecer para eles terem sua segunda “lua de mel”, ele pergunta pra onde ele que ir, ela responde quero ir para Gramado, Rio Grande do Sul, e ele acaba gostando da idéia e aceita, eles se programam para a tão esperada viagem, eles resolvem que irão de carro para aproveitar mais a viagem olhando a paisagem e, para aproveitar e conhecer outras cidades.
O dia tão aguardado chega, eles saem de casa feliz, e no meio do caminho eles sofrem um acidente, um caminhão desgovernado bate em seu carro e ela fica em estado grave, muito machuca e ferida e perde muito sangue, ele fica desesperado, e ao chegar ao hospital o médico a examina e diz que não tem o que fazer que ela não terá muito tempo de vida apenas 3 horas, e o desespero toma conta dele ele quer se matar diz que sem ela ele não quer viver, ao entrar no quarto, ele a vê encima daquela cama toda machucada dando seus últimos suspiros, ele deita encima dela e começa a chorar pedindo a Deus que não a tire dele porque ela é tudo em sua vida, e ali ele fica por um bom tempo até que os aparelhos começam fazer um barulho alto, (ela estava morrendo) seu coração estava parando ele começa a gritar os médicos chegam ele se nega a sair da sala diz que não vai abandona-la. Até que ela morre e não a mais nada a fazer, ele chorando a abraça e diz que ela foi e sempre será o seu único e verdadeiro amor, que os melhores dias de sua vida ele passou ao lado dela e agradece a ela por ter feito ele tão feliz, então ele beija os lábios dela, ele fica muito agitado não quer largá-la então os médicos são obrigado a aplicar um calmante bem forte para ele dormi.
Depois de dois dias ele acorda e já havia passado o enterro de Beatriz, ele fica irritado, porque fez ele durmi tanto tempo? Porque não deixaram ele ver sua amada pela ultima vez, não era justo ter privado de ter dado seu ultimo adeus.
Os médicos e suas filhas explicam que foi melhor assim, que ele teria ficado muito nervoso e seria pior.
Ao sair do hospital ele vai morar com uma de suas filhas a mais velha Verônica, ele foi contra a vontade porque ele queria voltar para a casa em que viveu com beatriz por tanto tempo, aonde ele tinha sido tão feliz, mais Verônica acho melhor levar o pai para perto dela, porque lá ele iria ficar ainda mais triste.
Passaram seis meses e Artur estava ali triste nada o animava, estava com depressão ficava doente sempre e não se alimentava direito desde a morte de sua amada, ele ainda insistia para Verônica deixar ele voltar para a casa, que lá ele ficaria melhor perto das coisas de Beatriz.
Então de tanto o pai insistir ela o deixa ir.
Ao entrar em sua casa ele sente o perfume de Beatriz, e ao passar pela sala relembra tudo que eles passaram ali, de quando logo que casaram que foram morar ali, ao ir à cozinha ele vê tudo do jeitinho que ela avia deixado, tudo arrumado um pouco empoeirado pelo tempo que a casa estava fechada ele então ele sobe para o quarto do casal abre a porta e logo cai uma lagrima de seu rosto ao ver a cama onde eles passaram varias noites de amor, o perfume dela agora estava ainda mais forte, ele abre o guarda-roupa e vê as roupas dela, ele pega a peça que ele adora ver ela vestida e abraça para lembrar de quando ele a abraçava e aos prantos ele deita em sua cama abraçada àquela peça de roupa e olhando uma foto dela, ele fica ali por dois dias sem levantar triste, até ele decide que não vai aceitar aquele destino triste, ele lembra de um amigo seu que adora inventar coisas, era um ótimo cientista, ela pega o telefone e liga para ele, Artur fala com seu amigo cientista que se chamava João, Artur diz que quer encontrar com ele, para eles terem uma conversa, no dia marcado João vai até a casa de Artur e lá eles conversam por horas, até que Artur conta a sua idéia e assim ele começa.
 Sei que há tecnologia esta muito avançada e que você é um grande cientista, não me conformo com a morte de Beatriz e pensei em um jeito de consertar as coisa e evitar o acidente que levou ela de mim, sei que agora você vai achar que estou louco mais sei que vai me ajudar.
João curioso pergunta:
Mais o que de tão louco que você quer que eu te ajude a fazer?
Quero que você me ajude a construir uma maquina do tempo, quero poder voltar naquele dia infeliz e fazer tudo diferente, e conserta esse erro.
João com os olhos brilhando de entusiasmado responde:
Amigo claro que vou ajudar sempre quis realizar uma experiência assim e ainda mais por um gesto tão nobre.
Artur fica feliz sabe que isso pode demorar e até pode não dar certo, mais mesmo assim quer tentar.
Eles começam o projeto que leva meses e meses só para colocar no papel, então eles começam colocar o que tava no papel em pratica, mais não da certo a e com isso passa dois anos, Artur não desanima e não deixa João desanimar.
Essa idéia que Artur teve era entre João e ele e ninguém mais sabia suas filha nunca chegaram a imaginar o pai tentando construir uma maquina do tempo, ele sempre ia à casa das filhas para elas não irem a casa dele e acabarem descobrindo tudo e estragar os planos de Artur, mas a cada dia as coisas iam ficando mais difíceis, e elas estavam desconfiando de que o pai estava aprontado, ele estava mais animado, e nunca seu pai as convidou para ir a sua casa, parecia que ele não queria deixá-las irem a sua casa sempre dando desculpas.
O pai resolve então mudar-se dali, mas escondido para que suas filhas não descubram o plano.
Então ele arruma todas as suas coisas, mas antes de ir embora decide ir à casa de suas filhas com se fosse as visitar, mas na verdade era uma despedida, quem sabe a próxima vez que ele as visse ele não estaria com Beatriz viva do seu lado.
E assim ele fez com o coração apertado, mais seu amor por Beatriz era grande e sua fé que seu plano ia dar certo maior ainda.
E então ele foi embora para o Paraná e levou junto seu amigo João porque sem ele não daria certo o plano.
E ali retornaram ao plano, varias e varias tentativas deram errado, e quando tudo parecia perdido,acabou-se finalmente dando certo, na teoria sim tudo certo,  mas se estava tudo certo mesmo eles veriam na hora.
Então antes de Artur entrar na maquina João o chamou e explicou dos riscos. Que ele poderia não parar na data certa e acabar apagando toda a historia dele para sempre, e que o mais importante que jamais em hipótese nenhuma ele poderia revela que ele fez isso, e que Artur seria o único que iria lembrar daquilo, que depois que ele entrasse naquela maquina as lembranças que as pessoas tinham depois do acidente seria apagada menos a de Artur.
Artur desesperado, agoniado pulando de alegria entra na maquina João o deseja sorte, e fecha a porta e Artur viaja no tempo ele vê novamente o dia em que conheceu Beatriz, o dia do seu casamento, o nascimento de suas duas filhas tudo, até que tudo para e ele abre o olho, e ele esta deitado ao lado de Beatriz na sua cama. Ele acorda Beatriz a beijando-a, abraçando-a ele chora muito diz que a ama. Beatriz assustada pergunta o que aconteceu e ele responde, tive o pior sonho da minha vida sonhei que havia ter perdido.
Na tarde daquele dia Beatriz revela o desejo de ter a segunda “lua de mel”, mais dessa vez Artur se nega e diz para eles esperarem mais um tempo e para eles irem para outro lugar que ela queira ir, e de preferência de avião.
E assim acontece depois de um ano eles vão a Paris de avião e foi a melhor viagem deles e a melhor “lua de mel” melhor que a primeira.
Artur vive com essa historia na sua mente, historia que só ele sabe, e que faz amar ainda mais Beatriz, por que só sabemos o valor de uma pessoa quando a perdemos. Artur teve sua segunda chance, mais você pode não ter, então de valor as pessoas que estão ao seu lado, nunca deixe para dizer que as amam depois, diga agora nesse momento, por que depois pode ser tarde demais.
FIM.
 

CAROLINE NEPOMUCENO - SÉRIE: 3ºA

Invadidos
A terra já não é mais um lugar bom de viver. As pessoas sofrem por aqui, e constantemente passam por conflitos. Observo a quantidade de famílias passando fome, e também é aparente que não vão durar muito tempo. Desde o início existe uma batalha mantida pelos seres humanos e as almas. Essas desejam se apossar do corpo dos humanos e realizarem mudanças em seu cotidiano.
Desde o surgimento desses seres indecifráveis, ocorreram muitas guerras. Muitas vidas foram perdidas, originando uma rivalidade entre eles. Ainda é desconhecida a forma que elas agem, mas percebemos que é de maneira sutil.
Ainda restam pessoas que não foram capturadas. É perigoso pra elas saírem na rua, vivem em esconderijos. Helena, é uma das sobreviventes desse massacre. Ela nunca para em um mesmo lugar, tem uma alimentação precária, invade casas de almas para conseguir o que deseja. As almas raramente descobrem o paradeiro desses assaltantes. É um conflito de povos, os humanos não sabem o que realmente elas desejam.
Em uma noite costumeira Helena sai para sua caça, durante seu percurso, observa passos estranhos e fica preocupada. Sem ter tempo de perceber é capturada por almas, finalmente elas a acharam.
Quando acorda o sentimento lhe parece estranho. Sua mente está embaralhada, é difícil lembrar os acontecimentos recentes. Além de todos os sintomas, algo parece transformado, ela sente uma sensação estranha, semelhante a outro ser habitando seu corpo. Após algumas horas de descanso, Helena sente o pensamento de outra pessoa, um intruso. Alguém que veio hospedar-se em seu corpo.
Durante alguns dias ficou nesse espaço, escutava vozes de pessoas que atuavam como médicos no antigo planeta, mais nesse eram chamados curandeiros. Sentia os pensamentos e ações do outro ser que estava dentro dela. Depois de algumas semanas, ela tinha uma casa, um emprego e uma vida. Totalmente parecida com a de antigamente, mas não era mais ela que se conduzia e sim a sua nova dona, a alma escolhida.
De certa forma foi um choque para ambas. Quando foi feita a incisão da alma ao seu novo corpo, os curandeiros acreditavam que a alma não teria contato com a hospedeira, mas foi uma situação contrária, pois uma sentia e escutava o mesmo que a outra. Passaram meses e elas nunca mantinham contato, até que certo dia, Helena estava cansada e decidiu conversar com a alma. Começou perguntando o seu nome e por que de ser capturada. Ela bem educada respondeu -Euarine  fui colocada em seu corpo a algum tempo, como de habitual era pra você ter sumido e eu habitado completamente a sua mente, mas algo saiu errado.
Chocada Helena ficou novos meses sem conversar com Euarine, apenas observando seu estilo de vida, mas sentia muito pelos seus amigos que estavam perdidos, ainda desejava encontra-los. Pensava constantemente neles e também onde poderiam ter se escondido. Começou a despejar lembranças na mente de Euarine que com o tempo começou a pensar neles também. Tudo era tão confuso, duas almas em apenas um corpo. Uma explosão de sentimentos.
Aquela alma nunca mais seria a mesma. Aqueles sentimentos já lhe pertenciam, e isso a fazia contrariar todo o seu sistema de vida. Seria os humanos seres tão cruéis que deveriam perder suas vidas dessa maneira? Euarine contrariava-se sempre, isso tornou a acontecer com mais frequência até que um dia decidiu ajudar Helena a procurar seus amigos. Essa decisão seria impactante para as almas se elas descobrissem, então saiu de forma sútil por onde Helena sugeria.
Foram dias de viagem. Chegando ao um lugar escuro e inóspito foi apanhada por outros seres, impressionada reconheceu aqueles rostos, os rostos que estavam na sua memória. Tentou manter um contato amigável com eles, mas não foi possível, logo que começou um diálogo foi ameaçada, deveria ficar calada. Dias se passaram e Euarine estava sem comida e abrigo, muito cansada quase sem forças. Um amigo de Helena se aproximou Jeremy, ofereceu-lhe uma proposta. Em troca de proteção Euarine devia contar tudo o que sabia sobre as almas e por que elas causaram tantas mudanças do mundo atual. Como já estava debilitada e não via possibilidades de voltar ao seu próprio mundinho, decidiu aceitar, mas sabia que se as almas descobrissem seria drasticamente castigada.
Começou explicando as causas da invasão, segundo ela: Os seres humanos eram muito ruins com o planeta, não controlavam a poluição emitida por seus automóveis. A taxa de criminalidade era muito elevada, as pessoas viviam estressadas. As almas vieram para controlar todos os problemas, é confortável viver no planeta nesse planeta. Além disso, possuíam segredos que estavam muito a frente da medicina antiga, os curandeiros eram dotados de um vasto conhecimento. Detinham poder sobre remédios que curavam instantaneamente qualquer ferimento, um especializado para a limpeza do machucado “limpar”, outro para “curar”, mais um para “fechar”.
Estavam séculos na frente da medicina antiga, eram bem mais evoluídas, eram seres confiáveis, que possuíam uma bondade enorme, desconhecida pelos humanos. Os amigos de Helena ficaram impressionados sobre os métodos usados por elas. Nessa mesma parte de ciência, Euarine explicou sobre a incisão que era feita nos humanos.
Ensinou a eles o maior segredo da sua espécie, a incisão era feita no início coluna vertebral, próximo ao pescoço. As almas preocupavam-se ao máximo para que o corte não ficasse profundo e não causasse dor. Aplicavam um dos seus remédios mágicos que causava um alivio imediato, a alma inserida era menor de que um bisturi, logo que colocada, essa se espalhava sobre o corpo e dominava o cérebro da sua nova casa. Consequentemente não sobraria espaço para outra alma lá dentro, o que causou um estranhamento a Euarine. Quando estavam instaladas, o curandeiro aplicava fechar, e a cicatriz ficava quase imperceptível. Além de causar todo esse espanto aos humanos, contou também que Helena ainda existia. Que a sentia constantemente e que foi por causa dela que ela os achou.
Depois de despejar sua estória sobre as almas, os humanos ficaram impressionados. Não acreditavam que elas eram seres tão cuidadosos e visto que ela abriu os seus segredos decidiram ajuda-la, á colocaram no grupo. Apenas com uma condição que ela os ajudasse a capturar outro corpo para colocarem sua própria alma. Sendo assim Helena e Euarine poderiam viver vidas diferentes, separarem-se dessa agonia que as prendia, com o combinado de que essa alma não retornasse mais.



JENIFER STADLER
A cura do desânimo
            Nos últimos dias, a cidade de Guarapuava tem passado por alguns problemas. Uma empresa tem causado inveja nas concorrentes, por possuir funcionários muito dedicados e realizar um trabalho excelente. É a melhor da cidade, entrega os pedidos no prazo certo e nunca tem problemas de dinheiro.
            Tudo começou quando os funcionários da empresa em questão, andavam meio desanimados com a quantidade de serviço e a falta de reconhecimento, eles trabalhavam muito e não eram valorizados. Viviam desanimados e de certa forma, revoltados com o emprego.
            Vários desses funcionários então, começaram a faltar no trabalho, pediam despensas ou levaram atestados falsos, para que não precisassem trabalhar, eles faziam de tudo para serem mandados embora. Estavam realmente muito desanimados com o emprego, era nítido o cansaço em seus rostos.
            Por conta desse descaso, alguns desses trabalhadores foram realmente mandados embora. A empresa não estava produzindo tanto quanto antes, e os pedidos estavam atrasados. Parecia não haver outra solução, a não ser fechar as portas da empresa.
            Era o fim, estava acabando aquilo que por muitos anos vinha sendo mantido por uma família, os donos passados faleceram e deixaram a empresa nas mãos do único herdeiro, o filho homem do antigo dono, esse novo dono mal chegara e não queria perder o seu patrimônio. Não queria ser o primeiro a falir a empresa.
            Então dono da empresa não se conformou decidiu que iria lutar por seu negócio, fez empréstimos e prometeu um aumento para seus empregados. Porém, os seus funcionários estavam cansados, o aumento era pequeno e eles se encontravam em um número menor, era difícil entregar os pedidos no prazo certo. Por mais que se houvesse esforço era quase impossível entregar todos os pedidos no prazo.
            Mesmo com as reclamações o dono da empresa insistiu, entregou novos pedidos, sendo que haviam muitos que estavam atrasados. Pediu para que fizessem o melhor, como eles precisavam do emprego para que pudessem sustentar suas famílias, obedeceram. Mas o otimismo do dono não foi o suficiente os pedidos atrasaram e ele acabou ficando mal com os seus investidores.
            Ele tinha vários colegas, explicou a situação para eles e pediu ajuda, perguntou se não sabiam de pessoas que precisassem dos serviços de sua empresa e começou a fazer negócios, antes mesmo de saber se iria dar certo, acarretou muitas dívidas com seus investidores.
            Um desses investidores tinha um filho, um cientista muito experiente que buscava reconhecimento. No almoço o pai comentava sobre a situação da empresa do seu amigo e no dinheiro perdido que havia investido. O filho perguntou o que exatamente estava acontecendo e depois de saber, pensou que poderia ajudar.
            O cientista começou a trabalhar em uma fórmula que acabaria com o desânimo dos funcionários da empresa, daria a eles força de vontade para que trabalhassem muito bem e sem reclamar, isso tudo somente tomando uma espécie de “xarope”. Trabalhou durante semanas, se esforçou muito, seu objetivo não era só ajudar o seu pai a recuperar o dinheiro, ele queria ser lembrado e também pensava em ganhar, ele mesmo, um bom dinheiro se funcionasse realmente.
            Terminado o seu antídoto, precisava agora de uma cobaia. Conversou com seu pai, que falou ao dono da empresa, e ele consentiu, e ainda prometeu uma boa gratificação se desse certo, era o que ele queria, e pediu para conversar com os empregados da empresa, um dos funcionários concordou em ajudar.
            Realizados os testes eles observaram que o antídoto foi um sucesso, o funcionário em questão, realizara sozinho, o trabalho de dois colegas. O dono da empresa muito satisfeito deu uma recompensa ao rapaz e pediu para que lhe desse mais antídoto, para ele usar com restante dos funcionários.
            E assim foi feito, e sua empresa começou a crescer e foi ganhando espaço no mercado, seus empregados agora produziam o dobro de antes, só que ele continuara pagando o mesmo salário de sempre. Além de trabalharem mais, agora eles também não se importavam em quanto dinheiro ganhariam, queriam apenas produzir cada vez mais e se orgulharem de si mesmos.
            O efeito do antídoto era irreversível, portanto, seus funcionários estariam sempre prestativos e animados para o emprego. O dono da empresa nunca mais teve prejuízos, atrasava com os salários e às vezes nem pagava.
            Com tudo, as famílias de seus empregados estavam ficando preocupadas e irritadas também, os pais e maridos raramente estavam em casa, e mesmo assim, não tinham condições de proporcionar uma vida boa para a família, o trabalho era muito, mas o dinheiro era pouco.
            Os funcionários pareciam não se incomodar ao verem suas famílias angustiadas, praticamente todos se separaram de seus familiares e começaram a viver em função da empresa.
            O dono da empresa estava muito contente, os concorrentes não. Cada vez mais ganhava dinheiro, não dava valor aos seus empregados e vivia uma vida ótima com a mulher e os filhos. Os funcionários eram praticamente escravos dele, mas ele nem se importava.
            E foi assim que o dono da empresa obteve sucesso, a custa dos outros, se não fossem o cientista e seus funcionários ele estaria perdido, mas tinha para si, que o mérito era exclusivamente seu.
           
Concluindo, observamos que o campo das ciências é abordado no antídoto do rapaz, uma “poção” que proporciona as pessoas, o bem estar e a vontade de trabalhar, parecem muito bons se analisados somente por esses pontos, mas também é ruim, quem quer trabalhar sem ter algo em troca? Quem gosta de servir de escravo da sociedade?
A questão ética problematizada é o fato de trabalhar sem ter o reconhecimento. Colocar o trabalho acima de tudo até mesmo da família mesmo não sendo ele muito bom, pensar que não depende de ninguém quando o seu mérito só é alcançado com o esforço e a ajuda das outras pessoas muitas vezes.
            Eu resolvi trabalhar com estes assuntos porque existem realmente pessoas que dependem de outras e não enxergam isso, veem somente elas mesmas e não se importam com os demais. Vivemos em uma sociedade assim, isso é fato, se ela irá mudar não sei. Quem sabe algum dia, um cientista invente algum antídoto para que venham a existir seres humanos melhores.


Feito por: Luiz Fernando Ribeiro - sala : 3ºA

CADA ATITUDE TEM SUA CONSEQUENCIA

Hoje estamos vivendo em um mundo onde a ganância tomou conta do homem , a busca pelo poder se tornou incansável , onde nada esta bom ,sempre querendo mais e mais , as veses deixando até sua família de lado só para trabalhar arduamente para conseguir mais dinheiro.Mas isso não é de hoje que esta assim , com o tempo vai piorando , pois desde os homens da caverna quando matavam algum animal eles já queriam comer mais do que o outro.
Pois bem estamos em 4085 d.c e a tecnologia tomou conta do mundo , casas onde moravam somente uma família não existem mais , eu vi somente uma até agora, e foi por uma foto velha e rasgada quando visitei um museu no ano passado.Só existem prédios gigantes aonde se ficarmos la embaixo no solo ao olharmos para cima não conseguimos enxergar o topo dele, pois a população foi aumentando e aumentando e a única alternativa para isso foi construir prédios com centenas de andares para caber tal população.
Campo não existia mais, a população urbana tomou conta, o nosso planeta terra foi tomado conta pela população urbana, carros não existiam mais cada pessoa ao nascer ganha do atual governo um ‘’AIRSKY’’ ( é uma espécie de um carro , mais ao invés de andar no chão ele voa, cabe apenas duas pessoas). Mesmo com ‘’carros’’ voadores ao invés de os acidentes aumentarem eles diminuíram , pois a mente do homem foi tão brilhante que foi capaz de construir um sistema onde um painel construído por uma compania que praticamente era ela que fabricava todos os equipamentos eletrônicos , mas voltando esse mecanismo ele tinha o controle de todos os AIRSKY do mundo e você ao entrar nele só precisaria falar seu rumo ao painel dele que ele automaticamente enviará a informação a torre central e ela acharia o caminho mais curto e mais seguro com alturas e rotas diferentes de outro skyiculo impedindo o acidente .
Mas ao longo desses anos , desde antigamente , o planeta já vinha sofrendo com a destruição da camada de ozônio , o planeta veio sofrendo muito com calores excessivos , pois é o homem sempre quis destruir para seu próprio consumo , até podiam pensar mais nunca se preocuparam realmente com o que poderia acontecer agora o que esles fizeram a 2 mil anos atrás está afetando nós que somos a sua futura geração .
Todos ao lerem esse texto devem estar achando nossa que vida boa , tudo o que querem esta em suas mãos, tecnologia a vontade e a custo muito baixo , mas não , estamos vivendo em um mund totalmente sem vida onde todas as pesoas só estão pensando em trabalhar e trabalhar não dando valor pelo que realmente é importante que é a vida e a familia, o mundo esta indo para o fim não sei como foi que durou até agora , pois calor execisvo geleiras quase nem tem mais derreteram tudo , por sorte que vivemos em prédios enormes aonde a água não foi um problema , mesmo com tanta tecnologia , nós seres mortais não conseguimos achar uma solução para a camada de ozônio.Florestas , há o que é isso? Sinceramente eu nem sei o que é mais, pois arvores e matas não existem mais o homen devastou , tornando extintas toda nossa preciosa fauna e flora , animais sómente ficaram os voadores , algum que me deu amor e carinho foi somente um cachorro robô que tive quando tinha 7 anos de idade .
O homem acabou com tudo na busca desenfreeada pelo conforto e poder , mais aonde esta conforto ? até agora não vi nenhum nisso , conforto pra mim é o que eu via nos textos que meu bisavo me deixou que foi o bisavo dele quem escreveu , era um mundo onde pesoas buscavam tambem pelo poder mais elas eram felies com suas famílias existia animais a vida era mais colorida , sim hoje onde eu vivo é bonito mais é com cores feitas pelo homem , aquela cor verde azul do planeta limpo que Deus deu a nós não existem mais , o homem acabou até com o petróleo , e álcool não existia mais tbm pois plantações não existiam mais os prédios devastaram com tudo , até comida começou a ser gerada através de laboratório ; Mais enfim na questão de combustível e energia , nos conseguimos achar uma fonte, esse método foi de um cara a muitos anos atrás , ele era chamado Thomas Alva Edison , muitos cientistas até hoje tentam desvendar todas as idéias que ele propunha para o futuro , pois a do nosso combustível foi um trabalho que ele fez mais escondeu e fopi descoberto 2 mil anos depois de sua morte , esse trabalho consistia em uma teoria que poderiam existir ondas eletromagnéticas que sairiam do núcleo da terra e que seriam capaz de esquentar a água para tomar banho , e essa idéia foi analizada e desenvolvida pelo homem , essa teoria era verdadeira , e adaptada foi usada essas ondas eletromagnéticas emitidos pelo núcleo da terra , foi usada para a energia , e como fonte de alimentação dos Skyiculos , eles se alimentavam dessas ondas gerando energia.
Mas vim do futuro e estou deixando esse humilde texto a vocês do ano 2000 e contando um pouco sobre o que vai acontecer a seus netos e bisnetos e toda a sua futura família que irá gerar , e o futuro frio sem vida sem natureza em um mundo quase acabado que vocês darão a eles se não pararem com essa ganância e vontade de destruir dando um foda-se e achando que você não ira sofrer as conseqüências , mais quem vai sofrer essas conequencias serão seus filhos e ninguém quer o mal de sua família , então eu lhes imploro por favor para que cuidem mais desse mundo maravilho que Deus deu a vocês pois só verão o valor que tem essa paisagem bonita e exótica depois que perderam . Então estou deixando essa carta a vocês para que coloquem a mão um pouco na conciencia e parem de destriur e passem a dar valor as coisas realmente importantes da via cuidando do nosso mundo.
Obrigado
Atenciosamente O Homem do Futuro


Carina Raulik

Operador artificial

Com a disponibilidade indescritível que Caleb possuía, era visível que era muito capacitado. Todo trabalho que conseguia com seu esforço, era bem remunerado e reconhecido. Possuía família, amigos, colegas de trabalho, sua vida era realmente perfeita. Morava com seus pais, mas tinha sua própria independência, em Londres onde morava, dependia somente do metrô. Nos finais de semana, era indispensável sua ida ao bar “Candri’s Pub” onde se encontrava com seus colegas para conversar sobre tudo, menos de trabalho, assunto que se considerava proibido entre eles. Tinham assuntos descontraídos sobre garotas, futebol, jogos e internet. Assuntos estranhos para homens conversarem, mas como dizem “garotas amadurecem primeiro” não há o que se discutir. A parte mais importante era ser competente em tudo o que fazia, principalmente em seu trabalho, agradando o seu chefe e cumprindo seu serviço com excelência.
Se formou Engenheiro Mecânico, porém nunca exerceu sua profissão, seu pai Toby, era amigo de Dr. Frederico, dono da fábrica mais importante de cremes dentais da cidade, chamada “Wonderful’s Teeth”. E por visitar frequentemente sua casa, foi considerado membro da família. Assim, sendo contratado para operar máquinas, começou por um teste, pelo fato de os trabalhadores da fábrica serem realmente bons.
Passaram-se três meses de trabalho, e seu chefe o chamou para ir em sua sala conversar e disse:
- Caleb, há tempos que venho pensando em abrir um escritório no Brooklyn em Nova York, já que a fábrica nos vem dando muitos lucros nesses últimos anos e está bem reconhecida, gostaria de mandar alguém capacitado para lá, afim de cuidar dos meus negócios e mostrar nosso trabalho para outras pessoas. Você gostaria de se mudar para lá? É claro que você ganhará um aumento em seu salário e a comissão para os estabelecimentos que conseguir vender.
- Olha, não pensei que haveria a possibilidade de acontecer isso, estou bem despreparado no momento. Mas vou pensar bem no caso de me mudar, ver minhas condições com a minha família e lhe aviso. Quanto tempo me daria para lhe dar a resposta?
- Tudo bem, eu espero. Te darei o prazo até o final do mês.
Ele sabia que era uma boa oportunidade e que ganharia muito dinheiro. Mas era muito apegado a sua família, gostava de sua vida e a cidade em si, onde tudo ele conhecia e os espaços que gostava de freqüentar. Não estava preparado para a vida conturbada de Nova York, tudo novo e estranho.
Chegando em casa, contou tudo a família e pediu conselhos do que deveria fazer. Se tinha que aceitar ou não a proposta recebida, e se teriam condições de pagar todas as despesas. Ficaram horas conversando, seus pais concordaram, falaram que ajudariam em qualquer necessidade que passasse e que deveria aproveitar, pois ele é o escolhido, mas a decisão ira ficar sobre ele.
Ligou para seu amigo Lucas, afim de o ajudar com essa decisão tão importante, marcou um encontro no mesmo bar que sempre freqüentam. Quando chegou, Lucas já estava bebendo uma “marguerita” na mesa em que reservou, se cumprimentaram e falou:
- E aí cara! Eu sei que o papo sobre trabalho é proibido aqui, mas eu estou realmente preocupado com essa situação, é uma resposta que mudará minha vida completamente. Meu chefe me chamou para ir a Nova York abrir um escritório e cuidar dos negócios, ele vai pagar tudo e aumentar meu salário. Mas você sabe que eu gosto muito daqui, fui criado em Londres, não pensava na possibilidade de sair tão cedo daqui. O que acha? Você aceitaria?
- Caleb (soltou uma gargalhada). Como assim, você me perguntou se eu aceitaria? É claro! Olha que oportunidade você conseguiu, eu não pensaria duas vezes. Será muito bom para seu currículo e experiência, além de que, em Nova York há muitas mulheres maravilhosas, você pode achar sua mulher por lá.
- É, já pensei em várias possibilidades. Tenho muitos sonhos, mas há coisas em nossas vidas que temos que enfrentar. Vou deixar de lado essa preocupação e aceitar esse trabalho. Vou ligar agora para o Dr. Frederico.
Saiu de onde estava, ansioso, indo para o lado de trás do bar, afim de ligar para seu chefe. Atendendo, falou:
- Alô, quem fala?
- Olá Caleb, sou eu Dr. Frederico. Me surpreendi por sua ligação a essa hora! Precisa de algo?
- Liguei para falar que andei pensando, pedindo conselhos de meus amigos e familiares e aceitei sua proposta. Quando o senhor deseja que eu comece a me programar e me mude?
- Estava pensando em você começar a se organizar em agosto, já que estamos em julho. Quero que no começo de setembro se mude, pois até lá dará tempo suficiente para tirar o visto e conseguir guardar uma boa parte de dinheiro.
- Tudo bem, conversamos melhor no decorrer da semana, até amanhã.
Continuou ali com seu amigo conversando, e ofereceu um drink de graça para todos do bar em comemoração de sua nova vida.
Chegando em casa, olhou sua vizinha na porta de sua casa, pedindo:
- Caleb, sei que acha estranho eu estar aqui, mas eu perdi minha chave de casa e meus pais estão dormindo, não quero acordá-los, por isso vim te pedir para me emprestar um quarto esta noite, somente até o amanhecer. Pois não tenho aonde ir e nossos pais são amigos, pensei que...
Seu coração acelerou, pelo fato de sua paixão por Hannah existir desde a adolescência, mas nenhum dos dois jamais havia demonstrado interesse algum.
- Tudo bem, Hannah. Há o quarto de hospedes, você pode dormir esta noite aqui e quando precisar. Não precisa sair de manhã, nossos pais se conhecem e confiam em mim.
- Muito obrigada por isso! Juro que não vou incomodar.
Subindo as escadas, Caleb e Hannah arrumaram as camas e foram dormir, Hannah lhe deu boa noite e seguiu para seu quarto. Caleb em seu quarto, olhava para a parede se sentindo confuso, não conseguia dormir pensando na possibilidade de estar se envolvendo com ela, devido a paixão que sente há anos. Porém, ela o considerava um irmão e isso o deixava completamente entristecido. Era tratado como motivo de piada em casa, quando se falavam sobre o amor que sentia por Hannah, por gostar a tanto tempo e em nenhum momento ser retribuído por ela, mas isso o cansou. Decidido, foi até o quarto em que ela estava dormindo e disse:
- Olha Hannah, não sei como vai encarar o que vou lhe dizer agora, mas quero que saiba que estou indo embora daqui dois meses para morar em NY e não vou conseguir ir para outro país sem te falar o quanto eu gosto de você, desde a nossa adolescência meu amor só cresce por você. Quando comecei a morar aqui e a vi escutando música na escada de sua casa eu sabia que era a mulher de minha vida, não sei bem porque eu estou falando isso agora mas não espero que me responda.
Saiu ás pressas do quarto, sem esperar ouvir nada, somente querendo dormir para esquecer tudo.
No decorrer da semana começou a organizar tudo o que precisava, comprou ternos e computadores novos com a permissão de Dr. Frederico, para trabalhar em seu escritório em Nova York. Com a ânsia de ter conseguido tudo o que almejava, procurou apartamentos por um site de uma imobiliária no Brooklyn. Mostrou as propostas para seu chefe e compraram um apartamento inteiro mobiliado no centro da cidade.
Faltava uma semana para a definitiva mudança de Caleb, quando o Dr. Frederico ligou para ele e disse:
- Caleb, lamento muito te informar, porém não há mais chances de se mudar para Nova York. Apareceram dois homens que vieram da Ásia, somente para me oferecer robôs que fazem o mesmo serviço que você faria. Nem mesmo na fábrica, não haverá mais necessidade de seus serviços. Espero que isso não afete nossa amizade e nem de sua família comigo.
- Dr. Frederico, estou abismado! Como isso foi acontecer? Larguei de tudo o que possuía para prestar serviços ao senhor, aceitei me mudar para outro país que não conheço e te oferecem “robôs” para substituir o emprego que mais preciso?
- Estou muito triste por tirar esta chance de você, Caleb. Mas assim economizarei nas despesas da fábrica, não precisando pagar salário para mais ninguém. Sinto muito.
Em direção para a casa, seguiu triste. Desanimado com todas as possibilidades de algo novo acontecer em sua vida, Hannah veio de encontro a Caleb e lhe deu um forte abraço. Explicando-se o quanto pensou nos dois juntos e a vontade que possuía de construir uma família ao seu lado.


Sharles Lima

Cronos


A milhões e milhões de anos atrás num planeta chamado “madera” existia um povoado que era dominado por 3 Deuses , esses Deuses eram super poderosos e eram os donos de madera. Seus poderes vinham de 3 anéis, esses anéis tinha grande fonte de poder, e ele funcionava através da imaginação e força de vontade de seu portador.
Um dos Deuses que era muito ganancioso e tentou roubar um dos anéis, atrás de mais poder queria usar dois aumentando assim sua capacidade de deixar seus poderes infinitos e dominar o lugar sozinho. Só que o plano dele não deu certo e nesse dia os três deuses guerrilharam entre si, assim então acabando com o planeta e explodindo tudo, nessa explosão devido a grande força dos anéis eles acabaram se fundindo e ficando em um só, e esse anel vagou durante anos na galáxia ate ele vir parar na terra.
Danton um rapas negro de classe media e estudante da faculdade de Nishingan morava em Detroit nos EUA, era muito ligado nos meios políticos da cidade, de fora via a policia e o governo acabar aos poucos com a cidade gerando uma milícia gigantesca que já atingia os arredores de Detroit.
Tentando expor suas ideias e lutar contra essa máfia, Danton foi preso e retirado do pais indo parar no México.
O governo tinha um grande armamento e manipulava experimentos assim mutando e dando poderes especiais aos seus melhores homens, sendo assim era quase invencível vence-los .
Vagando pela Cidade do México Danton procurava um lugar para passar a noite, assim então encontrou uma estrebaria. Quando foi se deitar viu uma coisa verde brilhante no meio dos capins, o que lhe chamou muita a atenção, Danton foi ate o objeto e percebeu que era um anel, mais nem deu muita bola apenas guardou-o no bolso e foi dormir.
No dia seguinte Danton pois se a caminho da fronteira querendo retonar aos Estados Unidos. Já tentando atravessar a fronteira Danton foi surpreendido pelo exercito norte americano que lhe abriu fogo contra ele, desesperado pois se a correr e imaginou como seria se tivesse o poder de correr mais rápido, já com o anel no dedo ele percebeu que estava correndo a uma velocidade fora do comum, escapando assim do exército. Danton ficou impressionado com aquilo e viu ali que não era apenas um anel qualquer, assim na segunda tentativa ele conseguiu atravessar a fronteira correndo a velocidade da luz.
Já em sua casa Danton contou com a ajuda de seu mordomo Alfred, e o fez um uniforme e a partir daquele dia Danton se tornaria um defensor de seu país e ia retomar tudo que a máfia tinha tomado, tornando-se assim Cronos !.
Vendo seu país tomado pelo governo e policia, Cronos pois se a lutar contra os mutantes de também portadores de poderes especiais e contra o governo, assim então libertando Detroit das mãos do governo. Detroit se uniu e ajudou Cronos a combater a grande máfia que existia nos Estados Unidos, tornando o assim um Herói, um Herói que a força vinha de sua força de vontade e de um anel cuja a origem era da ganancia e do mal e que no fim fora usado para o bem da nação norte americana .

JULIANA SILVESTRE 3 B
O ROBÔ QUE TINHA CORAÇÃO.

- Guilherme você está louco? –perguntou o comandante- Você sabe quem é ela não sabe?
- Sim, eu sei –respondi
- Então sabe que essa sua paixãozinha não tem futuro, não é? Isso é o mesmo que amar um objeto.
- Não comandante, não a chame assim, Juliana é mais humana do que todos nós!-rebati
- Não, não é. Muitos caíram na burrice de se apaixonar por mulheres robôs. Pense bem, Guilherme, a Juliana tem o poder de reproduzir sua programação, ela é muito inteligente sem duvidas, todos os robôs são. Eles são criados apenas para ser uma imitação do ser humano, eles foram planejados e desenhados assim, por isso conseguem reproduzir com fidelidade os nossos sentimentos, mas como eu já disse não passa de imitações.
As palavras do comandante eram muito convincentes, mas eu como um mero mortal, apaixonado pela ideia do amor verdadeiro, estava perdidamente e incondicionalmente apaixonado por Juliana. Eu estava cego para a razão, o que importava era o que eu sentia por ela e o que ela sentia por mim!
- Mas comandante, ela diz que me ama! Como isso seria possível se fosse apenas uma imitação? O verdadeiro amor não se copia, ele se constrói.
-Ótimas palavras Guilherme, porem isso não passa de uma simples poesia, porém Juliana foi concebida para se parecer e se comportar como uma fêmea da espécie humana, e é só isso. O amor não passa de um mecanismo criado, e Juliana executa com perfeição.
- O senhor está sendo racional demais comandante, parece que o único que não é humano nessa historia é o senhor!
- Guilherme, devo avisá-lo, se insistir com isso Juliana, será desativada, e você será mandando para outro quartel.
Essa noticia me pegou desprevenido, uma enorme tristeza tomou meu coração, não queria tirar a vida de minha amada, mas também não poderia ficar sem ela. Eu teria que fazer algo, mas o que?
- Comandante, o senhor poderia me dar um tempo? Preciso pensar.
- Sim Gui, mas lembre-se, não chegue perto daquela unidade, tanto você como Juliana, são tripulantes insubstituíveis. Até mais.
O comandante me deixou sozinho, e nesse momento, milhares de pensamentos invadiram minha cabeça e meu coração. A primeira coisa que me veio na cabeça foi a primeira vez que tinha visto Juliana, estávamos explorando uma nova estrela na constelação de Juliana.
Ainda nessa ocasião ela era conhecida por um código, ATP3324FD mas como era de praxe naquela época tinha sido batizada, pelo nome de sua primeira missão, Juliana.
Eu já havia trabalhado, com vários robôs diferentes, em missões diferentes, porem, com Juliana, tudo era diferente. Ela me mostrou sentimentos que eu não lembrava mais que existia, um sentimento, que nada no mundo é capaz de explicar, cada toque, cada palavra, cada momento.
Então depois de muito pensar, cheguei a uma conclusão, e fui falar com o comandante.
- Comandante, eu sinto muito, se eu tiver que sair daqui eu o farei, mas eu preciso vê-la eu prometi a ela, eu jurei que eu nunca ia deixar ela se magoar, e se eu não for vê-la estarei fazendo isso.
Cheguei lá alguns minutos depois, e ela estava analisando algumas peças
- Juliana- eu chamei seu nome.
E ela virou com aquele sorriso, estonteante pelo qual eu tinha me apaixonado.
-Oi gui, quanta saudade eu senti de você, estava preocupada já- E ela veio em minha direção e me deu um abraço, aquele abraço, que só uma pessoa muito apaixonada consegue sentir.
Então eu disse – Meu amor, precisamos fugir, o comandante descobriu sobre o nosso namoro, e não vai nos deixar ficar juntos.
Ela me olhou bem no fundo dos meu olhos, com um olhar preocupado. E naquele olhar, eu pude ver o que se passava dentro dela. E ela disse – Fugir? Mas nossa vida, nosso trabalho, nossas missões, estão todos aqui.
- Mas Juliana, o nosso amor, é maior que tudo isso! Estamos apaixonados, você não vê isso? Vamos ser livres.
E apesar de tudo o que o comandante dizia ela era mais humana, os sentimentos, dela eram mais humanos do que de qualquer um que estava ali.
- Não Gui, eu não vou largar uma vida, por uma ilusão.
- Ilusão? Então é isso que você acha? Que todo esse amor, que eu sinto, por você não passa de uma simples ilusão? Nesse momento, meu mundo caiu, eu nunca esperava ter escutado isso dela.
- O amor, é uma ilusão que cega os homens. Não quero isso pra mim, eu tenho minha vida, e vou vive-la do jeito, que ela é. Sem fracassos, e sem sofrimentos
- Fracassos? Mas o nosso amor não é um fracasso, não faça isso.
- Você está louco de paixão, mas isso não é amor, e vai passar um dia. Me dói dizer isso, dói muito Gui, você não tem noção do quanto. Mas é melhor eu te dizer isso, do que no futuro, você ira envelhecer, eu viverei por várias décadas apos, depois isso vai ser muito mais doloroso do que esta sendo, tenha certeza. Eu não posso te dar a vida, que você almeja, e alem disso, eu fui criada para servir a humanidade, não a um homem apenas.
- Você não pode estar dizendo isso, eu achei que me amava- eu disse aos prantos.
- Mas eu te amo Gui, e é esse o motivo de eu estar dizendo isso.
Aquela sensação, de derrota, de tristeza tomava meu peito novamente, eu não podia acreditar que isso estava novamente acontecendo.
- Eu não acredito em você Ju, não pode ser assim.
Nesse momento, ela olhou nos meus olhos e disse: -Gui, por favor acredite em mim, todos os momentos que eu passei ao seu lado, foi e será sempre inesquecível, mas eu não posso acabar com a sua vida, você precisa achar alguém que te fará feliz, alguém, que seja igual a você não uma maquina, que nem eu.
Nesse momento, eu senti um cheiro de queimado, senti minhas pernas falharem e eu cai no chão, a única coisa que eu tive chance foi dizer mais uma vez. Juliana eu te amo. E todas as imagens que eu tinha dela, inclusive a do seu belo rosto foram se apagando de minha memória,então ela se abaixou do meu lado e me perguntou o que estava acontecendo, e eu respondi : - Acho que estou morrendo.
Nesse momento, Juliana, descobriu que Guilherme, também não passara de uma maquina, mas como ele acreditava que era como um humano normal, sua vida era mais curta. Então ela percebeu, que ela precisava ser livre, portanto ela disse ao capitão, que estava indo embora, para procurar a liberdade que ela merecia e que Gui tanto queria.


Gabrielly Alves Pereira
O Homem que sentiu – se só.
O tempo é curto agora que eu consegui mudar a trajetória da nave de pesquisa Ninlil, nome de uma deusa suméria dos ventos. Na época do batismo foi um nome adequado, era uma das naves mais rápidas da frota. Questiono agora se pensamentos como esse podem ocorrer quando você tem poucos minutos para chegar à porta de escape mais próxima, vestir o traje espacial e se ejetar. Neste momento sou o único sobrevivente humano da nave.
As luzes dos corredores teimam em acender e a apagar em um indo e vindo frenético que quase faz com que eu fique hipnotizado. As luzes vermelhas rotativas de emergência nos corredores aumentam o medo de ser pego, medo daquela coisa, medo da morte. 
Corro pelos corredores, passando, pulando sobre corpos dos tripulantes, que a menos de trinta horas enchiam de vida a velha Ninlil. Finalmente chego à sala de manutenção externa C 4, respiro com dificuldade pelo esforço, não sou atleta, prefiro ler a correr. Esse foi o comentário do comandante Carlos Pimentel sobre mim na semana passada no restaurante. Ele, o capitão da nave Hiro Hakigawa, a comandante Rita e a tenente que comandava os fuzileiros Maria Majors, faziam brincadeiras comigo. O único tripulante a ficar reprovado nos testes físicos.
Entro e começo a tirar os sapatos, abro os armários à procura de um traje. Visto o primeiro que encontro, nervosamente. Merda! Tenho dificuldade com os acopladores das botas e das luvas.
Estou pronto! O alarme de colisão está me deixando louco. Vem à minha mente a primeira lição do curso de astronauta que é verificar se o suprimento de oxigênio está completo. Abro, tremendo, o bolsão do braço direito para ver o nível de oxigênio do traje, quando o segundo alarme de aproximação da Ninlil irrompe furiosamente acendendo mais luzes vermelhas de emergência.
Não tenho mais tempo para isso, não tenho mais tempo para nada, coloco o capacete e abro a porta intermediária. Entro na sala reforçada, verifico se a porta está lacrada, não me preocupo em colocar o gancho no protetor de segurança, ao contrário não devo colocar. Insiro minha senha de saída de manutenção, o computador aceita.  A abertura faz com que eu seja ejetado da nave em alta velocidade. Rodo por alguns momentos até que o computador do traje o estabiliza.
Fico observando a velha astronave indo em direção ao sol vermelho desse sistema planetário binário. Ainda respiro com dificuldade, ofegante pelo esforço de correr.  A ejeção me mandou em uma trajetória angular contrária à da nave, para o espaço profundo. Abro o bolsão e observo os níveis de oxigênio do traje. Droga! O merda que o usou por último se esqueceu de renovar o estoque de ar. Pouco mais de três horas. Aciono o sinal de socorro sub-espacial do traje. As baterias estão a 100%, ao menos não morro de frio na escuridão.
Uma explosão ao longe. A Ninlil se foi para sempre. E com ela os devoradores, pelo menos assim eu espero. Não vi nenhum outro sinal de socorro, eu tinha travado as saídas, com exceção da que eu usei, a autotrava deveria ter trancado a porta depois que saí.
Tenho que colocar minha cabeça em ordem. Envio uma mensagem às naves da frota para entrar em alerta neste setor do espaço. Como pôde acontecer tanta coisa em apenas vinte e quatro horas?
Duas horas e cinqüenta minutos de ar, vejo no mostrador de oxigênio.
Decido rever e gravar o que aconteceu com a Ninlil e seus cento e sete tripulantes nas últimas horas. Para isso tenho que lembrar da missão e discutir os seus momentos mais importantes.
Há oito meses a astronave Ninlil foi enviada para mapear e estudar um grupo de estrelas e seus sistemas solares no setor Beta 48j(+). Era uma missão simples que foi realizada com muita competência pelos cientistas da nave. Então há cerca de um mês recebemos uma mensagem da estação de pesquisa Matangi em espaço profundo para investigar um pedido de socorro da astronave Demeter. Eles tinham previsão de saída posterior a nossa e iam mapear um agrupamento próximo no mesmo setor.
Chegamos há uma semana e começamos as buscas por sinais de comunicação. Lançamos os nossos cinco exploradores tripulados para verificar uma área maior mesmo sabendo que se fosse alguma situação nível A séria, com problemas na nave, dificilmente acharíamos sobreviventes. Captamos rastros da propulsão da Demeter que nos levou até este sistema binário. Não a encontramos no espaço e os oficiais superiores começaram a supor que ela tivesse caído em alguma lua ou planeta e as buscas começaram.
Era um sistema muito grande com dois sóis, um vermelho maior e mais central e um sol amarelo, como o nosso. O sistema solar possuía uma área de proliferação de vida vinte vezes maior que a nossa, com onze planetas na área e mais trinta e sete planetas, incluindo gigantes gasosos fora. Um planeta em especial chamou a atenção do nosso capitão, azul como a Terra só que de proporções muito maiores, possuía vinte e três luas, sendo cinco delas habitáveis como o planeta.
Era um marco histórico e o capitão Hakigawa despachou os cincos exploradores com tripulação para uma missão dupla. Primeiramente o resgate de sobreviventes da Deméter, se houvesse algum, com análise dos computadores de bordo para saber o que tinha ocorrido. A segunda parte era uma catalogação e mapeamento do planeta juntamente com suas luas. Apesar de todos nós estarmos preocupados com os tripulantes da Deméter, era uma oportunidade única para nós.
A astronave Deméter foi encontrada em uma das luas habitáveis, mas infelizmente o pior tinha acontecido e nossos temores pelos tripulantes se concretizaram. Todos haviam encontrado a morte, ninguém sobreviveria a um acidente como aquele. Apesar de ter conseguido resistir à reentrada, ela tinha se chocado com o solo acelerando em uma região pedregosa com muita força, se partindo em milhares de pedaços. Nosso capitão foi pessoalmente comandar as buscas levando uma equipe de dez tripulantes em cada um dos dois exploradores utilizados para o resgate.
Na Ninlil, começamos a receber informações desencontradas das equipes de busca e eu fui chamado para verificar os sistemas de comunicação da sala de comando e me assustei com a desinformação e o estado de alerta dos oficiais superiores.
Descobri que um dos exploradores havia desaparecido quando tentava voltar a bordo da Ninlil. Provavelmente se chocou com alguma das montanhas onde a Deméter colidiu. Nosso maior problema era a região onde tinha caído a nave porque algum tipo de mineral fazia com que os sinais de comunicação fossem muito ruins.
Uma hora e trinta e seis minutos de ar.
Quando o segundo explorador aportou na Ninlil, todos queriam saber o que tinha acontecido, mas aí começaram os nossos problemas. Foi feita a desinfecção e esterilização da nave e dos tripulantes, que naquele momento estavam todos vivos. O capitão Hakigawa e os outros foram levados para o setor médico que ficou superlotado, afinal só tinha cinco leitos e ali tinham os dez tripulantes do explorador e mais dois tripulantes do outro.
O capitão Hakigawa, ainda no setor médico, chamou o Comandante Pimentel e contou a ele que estavam vasculhando os destroços da astronave quando começaram a encontrar alguns corpos carbonizados, mas muito magros e não entendeu o que estava acontecendo até que um tripulante começou a gritar e ele viu uma nuvem do que parecia ser de pequenos insetos atacá-lo e o homem caiu um deque abaixo onde estava e não conseguiram vê-lo. Muitos tripulantes viram e tentaram correr, mas o enxame atacou uma pesquisadora que estava mais afastada. Ele descreveu com precisão o que aconteceu. As criaturas penetraram pela boca, pelos ouvidos e nariz da mulher que se afogou e tentou vomitar, mas foi secando,como se estivesse sendo devorada por dentro, ficando apenas a pele. Tudo foi devorado incluindo os ossos. Ficou apenas a pele ressequida e quebradiça dentro do traje de contenção. Todos sacaram o armamento de laser, alguns atirando a esmo, arriscando atingir outros tripulantes, um caos.
O capitão escutou mais alguns gritos e viu quando o explorador levantou vôo e foi na direção de uma montanha de pedras próxima, colidiu e explodiu em chamas. Naquele momento ele conseguiu fazer com que todos mantivessem a calma, os colocou no explorador e voltou para a Ninlil. Quando saíram da lua, alguns tripulantes começaram a passar mal e enjoar, então ele ordenou o isolamento no setor médico com campos de retenção nível vermelho – o mais radical, onde até o ar é contido.
O primeiro a morrer foi o próprio Hakigawa. Começou a sentir mal e vomitar. No inicio os médicos acharam que fosse algo líquido, mas eram insetos tão pequenos e tão velozes que não conseguíamos ver. Uma enfermeira foi ajudar e passou pela retenção, mas sua roupa esbarrou em um copo de energéticos que caiu no piso e danificou o circuito de contenção. Logo todo o setor médico estava sendo desinfetado automaticamente, quando o computador verificou a presença de risco biológico alienígena.
O segundo a morrer foi um colega, especialista em armamentos. Ele não desceu nos exploradores e nem entrou na nave, a única explicação plausível era que as criaturas tinham alcançado a ventilação da nave e estavam livres. Eu achei o corpo, enquanto estava fazendo manutenção rotineira no sistema. Ele estava na sala de armamentos dois quando foi atacado, era gordo e meio careca. Sobrou apenas uma pele translúcida e esfarinhenta no macacão de manutenção. Lacrei imediatamente a sala e avisei ao comando da nave.
A segunda oficial da nave, tenente-comandante Rita veio junto com um grupo de fuzileiros, armados até os dentes, até onde eu estava. Quando ela chegou à desinfecção tinha sido concluída e eu abri a porta. Ela constatou que era o mesmo que tinha acontecido com a pesquisadora na lua abaixo.
            Fui enviado para o setor médico que estava com problemas na comunicação, então descobri que os devoradores estavam atacando a rede neural do setor médico e do setor de exo-biologia. O Comandante Pimentel determinou que toda a rede fosse substituída e a antiga incinerada, para matar os devoradores.
Cinqüenta e seis minutos de ar.
A sala de comando principal havia sido atacada, e fomos expulsos. Foi quando percebemos que havia um sincronismo entre o ataque dos devoradores ao comando e à sala de engenharia. Aqueles seres tinham inteligência, um deles sozinho não era nada, mas aos milhares eram uns inimigos extremamente poderosos. Capturamos algum para estudo, não adiantou. Os devoradores já haviam atacado muitos tripulantes e se escondiam em dutos de ar, armários, nada conseguia detê-los, havíamos tentado desinfecção, redes de contenção, fogo, gás venenoso, ácido molecular. O resultado era o mesmo, parte morria e parte atacava outros tripulantes devorando-os e se reproduzindo por bipartição. A Ninlil estava infestada e nós condenados.
Pimentel resolveu tentar jogá-los no espaço atraindo-os para as saídas de emergência, só que para nossa surpresa, apesar dele estar lá dentro, nos trajes espaciais, os devoradores não entraram. Eles se dividiram em três grupos e foram para locais diferentes na nave. Tinham acabado de nos dar sua última lição. Eles eram inteligentes. Uma inteligência grupal supôs Rita.
            Poucos tripulantes estavam vivos naquela hora. Os computadores de bordo marcaram vinte e uma vidas humanas a bordo da Ninlil. Estávamos divididos em duas partes na nave, eu estava no grupo de nove com o comandante Pimentel e os outros estavam tentando novamente tomar a sala de comando da astronave. O fogo era mais eficiente, então Pimentel decidiu jogar granadas incendiárias nas partes mais internas da nave e ver se conseguíamos chegar até os exploradores. Ainda tínhamos quatro deles e poderíamos abandonar nossa nave e deixá-la onde estava, em órbita da lua dos devoradores, como passamos a chamar o lugar.
Haviam se passadas dezenove horas desde que o horror tomou conta de todos. Os dois únicos oficiais superiores que restavam, Pimentel e Rita, acreditavam que ainda tínhamos uma chance de salvar a nave que seria provocar uma explosão com calor suficiente para matar os insetos, mas eu disse que eles eram muito resistentes, afinal sobreviveram a muitas de nossas tentativas. Sugeri erguer um campo de contenção com a maior capacidade que pudéssemos em dois pontos da nave e que atraíssemos os devoradores para lá, assim os mataríamos e poderíamos ir embora. Rita gostou da idéia e Pimentel resolveu colocar em prática. Eu me ofereci para ser a isca. Consegui me aproximar de um grupo e os atrai para o lugar que queríamos. Se desse certo era só repetir a dose e extirpá-los da nossa nave.
Quase deu certo. Era um dos grupos separados, fui até o setor médico, cheio de peles ressequidas e me fechei em um tubo de descompressão. Os campos de contenção funcionaram perfeitamente matando todo o grupo.
Eles deram o revés e atacaram um grupo de seis fuzileiros devorando-os. De dentro do tubo, tremendo de pavor eu pude ver a agonia dos homens, seus gritos e pedidos de socorro. Rita e seu grupo tentaram bravamente ajudar, mas foram apanhados por outro grupo de devoradores no corredor. Sumiram em segundos, eles estavam muito mais fortes.
Doze minutos de ar.
Vislumbro neste momento o infinito e me lembro de uma frase da comandante Rita enquanto almoçávamos no refeitório. Ela se levantou na mesa dos oficiais e brindou a saúde do comandante Pimentel, no seu aniversário, e disse em tom de brincadeira “não saber qual a total complexidade de inteligência em uma forma simples de vida”. Todos do comando riram. Ela se referia jocosamente ao comandante, eles eram muito amigos, ou mais que isso, não sei.
Poucos dias depois todos nós descobriríamos que poderia ser muito elevada.
Éramos seis, o comandante Pimentel, eu, um piloto de explorador, a tenente Major e dois fuzileiros. Conseguimos entrar na sala de comando. Eu cortei as redes neurais e implantei um nano vírus que conseguiu liberar as portas, agora estavam todas abertas. Os computadores estavam programados para voltar para a Terra se por acaso a tripulação por algum motivo viesse a perecer. Esse agora era o nosso objetivo principal, evitar o retorno a qualquer preço. Vi nos olhos da tenente Major o temor disso acontecer. Eu a via sempre, admirava-a de longe, grande, forte, bonita e gostosa, com um corte no lado direito do rosto que lhe emprestava um ar de força. “Muita carga para o meu transporte”.
O plano do comandante Pimentel agora era destruir os computadores de navegação principais e ir até a engenharia e travar os motores na posição “acelerados” colocando a Ninlil na direção do enorme sol vermelho. Para sobreviver tínhamos duas opções. A primeira era seguir até um explorador e sair da Ninlil e a segunda seria irmos até os casulos de sobrevivência e ejetarmos.
O comandante nos dividiu em dois grupos. O primeiro, que ele iria liderar, deveria ir até o setor de navegação e destruir os computadores. Ele levaria o piloto do explorador e um fuzileiro. Eles completariam a missão e iriam até o explorador e nos esperariam para a fuga. O segundo grupo, comandado pela tenente Major, ia até a engenharia e travaria os controles em velocidade máxima, separaria as redes neurais contaminadas e direcionaria a nave para o sol. Ficaríamos em contato pelos comunicadores.
O nosso grupo foi pelos corredores até a engenharia, um dos setores mais seguros da nave, agora totalmente abandonado pelos vivos, restando apenas um grupo de peles quebradiças do que há menos de um dia eram homens e mulheres, pesquisadores e militares, todos imbuídos no desbravamento, na descoberta, no desafio.
Entrei e os fuzileiros ficaram na porta, ela do lado de dentro e o rapaz de fora. Travei os aceleradores e destruí o painel de comando com ácido que penetrou nos nano elementos digitais. Sentimos o impacto da explosão, tudo estava indo de acordo com o planejado eu pensei, até que uma segunda explosão nos jogou ao chão. O rádio informou que o explorador havia sido destruído e que eles estavam presos no setor de navegação com os devoradores indo ao seu encalço. Ouvi tiros, gritos e outra explosão. As últimas palavras de Silva foram para nos desejar sorte.
Destruí as conexões e travei o computador que direcionava a nave em direção ao sol, joguei ácido no keyboard, inutilizando o equipamento. Sentimos a nave aumentar a velocidade. Começamos a correr em direção aos casulos, mas quando os abrimos estavam cheios de devoradores que atacaram os dois fuzileiros, ouvi seus gritos, vi a mulher que admirava gritar, sangrar e morrer, devorada por dentro por milhões de criatura alienígenas. Comecei a correr até a manutenção, sabia que era o único lugar possível de sair da nave, isto é, se o computador ainda aceitasse meu código.
Felipe Marques. Especialista em redes neurais de comunicação da astronave terrestre de pesquisas Ninlil. Final do relato no computador do traje.
Vinte e três segundos de ar.
Vislumbro o infinito, lembro da família, amigos…
Lembro de Maria Major nua no banheiro se lavando e me olhando de lado com um lindo meio sorriso no rosto…
Sinto o total descontrole…
Não represento nada…
Nem melhor, nem pior que as criaturas…
Apenas me sinto muito só…

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