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7 de jun. de 2012

#44 A tese dos 144 caracteres



O tema dessa postagem não foi verificado empiricamente, é baseada apenas em algumas observações do cotidiano, podendo ficar presa ao senso comum. Mas acredito que vale a pena pensar sobre isso.


No mundo da informação, da conexão e do dinamismo, as pessoas acabam fazendo tudo muito rápido e esperando que tudo venha "mastigado", pronto. Tenho observado em sala de aula (nível médio e universitário) que os alunos (sem generalizar) não conseguem prestar atenção durante poucos minutos, seja numa leitura ou numa explicação. Tenho brincado que é preciso sair da ideia de que 144 caracteres é suficiente (fazendo analogia ao twitter), que conhecimento se dá em mais do que poucos palavras e que é preciso ter atenção, e que é difícil falar sobre um assunto em poucos segundos ou caracteres.

 
Muitos não aguardam a explicação ocorrer, já perguntando coisas que foram ou serão explicadas, ou então leem parte do texto e acabam por deduzir o resto. Essa é uma dificuldade que se encontra hoje no mundo, em que indivíduos não param para ouvir o que alguém tem a dizer, a não ser que seja bem rápido, com 144 caracteres ou uma imagem e uma frase (bem curta).

Esse modelo de aula ainda não consegui desenvolver, mas não pretendo fazer também. É necessário saber ouvir, ler e analisar. 

Mas quem está preocupado, não é? Imagino que poucos chegaram ao fim desse texto, mesmo não sendo grande, muitos ficaram no primeiro parágrafo. E você que chegou até aqui, provavelmente já chegou um pouco incomodado, querendo logo ver o final e até mesmo pulou algumas partes (uma espécie de leitura dinâmica, não?).

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