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1 de set. de 2011

#2 Aparências

Esse tema sempre é recorrente. Mas observei ele nos últimos dias, clamando por escrever sobre ele.
Lendo "Capitalismo Parasitário", do Baumann, ele cita: "... é fácil tomar as aparências por realidade..."
Isso veio de encontro com a cena da novela "Fina estampa", na qual a taxista pega passageiros, aparentemente, mal arrumados e fica com medo de ser assaltada. Daí ela descobre que um é pastor e os outros são fiéis indo até o culto. Em outra situação, ela tem passageiros de terno e gravata, que acabam por assaltar ela. Enfim, as aparências realmente enganam.
Além do mais, tomar algo aparente por verdade ou realidade sempre é perigoso, porque assim como nossos sentidos nos enganam (como ao observar no horizonte de uma estrada asfaltada aparentemente há uma poça de água, e ao chegar perto era ilusão), perceber a realidade não é fácil, pois não sabemos todos os condicionantes daquela situação. Penso que, partimos de pressupostos que culturalmente influenciam em nossas análises. Como por exemplo, quando tomamos como referência as roupas que as pessoas estão usando, o veículo, enfim, o que a pessoa tem para definir o que ela é. Na verdade, isso não pode ser tomado como critério para análise, ou pelo menos não somente isso. Ser ético, correto, educado não tem relação com o que possui materialmente, é necessário despir-se desse preconceito. É dessa maneira que observo, preconceito, esse tipo de análise dos indivíduos é baseado em preconceito. O aparente não é real, e partir dele como verdadeiro é basear-se em falácias.

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