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22 de out. de 2013

Etapa final III Olimpíada de Filosofia


Na última sexta-feira (18/10) ocorreu a etapa final da III Olimpíada de Filosofia do NESEF, em Curitiba. O Colégio Visconde foi representado com o trabalho de alunos dos 2º anos, sob minha orientação. Conforme publicado em postagem anterior veja aqui

Nesta última etapa não era obrigatória a participação dos estudantes, mas as alunas Nicole Bonfim e Lehtícia Fiuza representaram o grupo de 8 alunos no evento, socializando a peça teatral em vídeo que produziram, sob o título de “Formatação”.

Haviam mais de 90 trabalhos de todo o Paraná, divididos em várias salas durante todo o dia. Lá, professores e alunos puderam trocar experiências do filosofar. A Olimpíada Filosófica não visa distribuir medalhas ou colocações, mas simplesmente proporcionar a experiência do filosofar, incentivando os alunos a exercitarem o pensamento filosófico.

Agradeço o empenho dos alunos envolvidos e também deixo o convite para os alunos interessados no próximo ano, para participarem caso tenham interesse.

15 de out. de 2013

Sou professor


Tux, Animal, Pássaro, Livro, Livros



O dia do professor é comemorado no Brasil no dia 15 de outubro.
É um dia a ser comemorado, festejado e sempre é marcado pela luta pela valorização do profissional da educação.

O que me levou a ser professor, foi uma série de acontecimentos que me propiciaram escolher ser professor. Nunca pensei, quando criança ou adolescente ser professor. Apesar de fazer parte de uma família em que boa parte dos adultos eram ou foram professores, inclusive meu pai. Não pensava em tornar-me um. 

Durante o meu período escolar, lembro-me carinhosamente de de dois professores. Uma professora de Português (Marisa) e do professor de Filosofia (José), ambos no Colégio Floriano Peixoto de Laranjeiras do Sul. O que mais marca da professora Marisa é o incentivo a reflexão, da criatividade e das suas aulas que prendiam a atenção. Do professor José, o que marca é que foi ele quem pela primeira vez apresentou a Filosofia de forma institucionalizada e me encantei pela disciplina, a qual hoje sou professor.

Quando decidi fazer o vestibular para Filosofia, não estava preocupado com emprego. Mas foi no segundo ano do curso na Universidade que tive a oportunidade de atuar como professor, no começo com certo medo, receio de como dar aula. Mas logo nos primeiros dias percebi que aquilo me realizava e decidi então que gostaria de atuar nessa área. Desde então busquei e procuro atuar como um bom professor. Me preparando constantemente, buscando contribuir com a educação dos meus alunos. Isso me realiza.

Adoro meus alunos, adoro estar na sala de aula, dar aula, estar no ambiente escolar.

Parabenizo por essa pequena lembrança, todos aqueles professores que passaram pela minha vida e todos aqueles professores que fazem o que gostam, com dedicação e se preocupam com o trabalho que fazem.

17 de set. de 2013

Sessões da Câmara - O Estado é laico?



Sempre instigo meus alunos a participarem da vida política, para que possam saber como as coisas funcionam e que possam também eles se envolverem e proporem.

Uma das situações importantes para saber o que se passa na cidade, por exemplo, é acompanhar as discussões da Câmara de Vereadores de Guarapuava.
Mas aqui em Guarapuava é complicado, porque os excelentíssimos vereadores parecem mais crianças brigando pelos seus brinquedos, do que realmente vereadores.
Ataques pessoais, picuinhas, em que nada contribuem para o andamento das discussões. Isso quando não ficam elogiando, elogiando e elogiando alguém sem chegar a lugar algum. Talvez devessem ser mais objetivos e tratar de assuntos necessários, sem levar para o lado pessoal. Exige-se profissionalismo na conduta dessas discussões, deixando os problemas pequenos entre eles para depois das sessões. 

E outra, função de vereador não é defender prefeito, é fiscalizar o que ocorre. E mesmo sendo do mesmo partido, tem um compromisso com a população e não com o partido ou prefeito. Pelo menos em tese.

Além do mais, lembro de uma discussão que ocorreu na Câmara este ano, em que uma professora alertou para que aqueles que fiscalizam e propõem leis atentassem também para o cumprimento, pois o Estado é laico e não pode manifestar apenas uma confissão religiosa, assim como encontra-se um enorme crucifixo no salão da câmara. Será que outros símbolos religiosos, de religiões diversas seriam permitidas ficarem expostas lá?

Enfim, é duro aguentar as sessões que a Câmara de Guarapuava proporciona. Como instigar os alunos a se importarem e acompanharem o que acontece na sua cidade, se o que há lá é demagogia, conversa fiada e descumprimento da lei?

E na sua cidade, como é?

6 de ago. de 2013

III Olimpíada de Filosofia

Olimpíada Filosófica - NESEF - UFPR
No dia 02/08 o Colégio Visconde participou da etapa regional da III Olimpíada de Filosofia que foi realizado no Colégio Tupy. O Colégio foi representado pelos alunos Christian Lucas, Cristiano Walter, Douglas Kuspiosz, Gabriel Rocha de Oliveira, Isabela Ames, Lehtícia Fiuza, Matheus Kurta e Nicole Bonfim, todos alunos do 2º ano do ensino médio, e orientados pelo Professor Daniel Donato Piasecki.


A Olimpíada é uma parceria entre três instituições (NESEF/UFPR/SEED) e se encontra na sua terceira edição. Ela se destina aos estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e privadas a fim de que produzam trabalhos filosóficos orientados por seus professores como mediadores no processo de pesquisa e produção filosófica. Tem como objetivo estimular atividades que permitam o estudante do Ensino Médio o estudo e a leitura de textos filosóficos, bem como a análise crítica das suas relações com a sociedade.



Os alunos fizeram a leitura do livro “Vigiar e punir” do filósofo francês Michel Foucault, e escolheram trabalhar a terceira parte que trata sobre a disciplina. Ouve diálogos para compreender o texto, assim como a leitura de textos de apoio e a visualização do filme “1984”, do diretor Michael Radford, homônimo do livro “1984” de George Orwell.

Após analisar a parte específica do texto, que se refere aos poderes disciplinadores da nossa sociedade para formatar os indivíduos, os alunos optaram por produzir uma peça teatral, que segundo o regulamento da Olimpíada, deveria ser gravado e enviado para a comissão organizadora, mas antes apresentado na fase regional.

Abaixo segue o link para quem tiver interesse em assistir o vídeo:


A Olimpíada de Filosofia não tem um caráter de competição entre os participantes, mas sim de estímulo à leitura das obras filosóficas já produzidas e que os alunos possam, por si, compreender o mundo em que vivem e também serem autores da sua vida e não meros reprodutores de pensamentos e discursos já efetivados por outras pessoas, o que não é fácil, mas que é a proposta da Filosofia.
 
A última fase ocorre em Curitiba, em que o professor apresentará o material produzido pelos alunos para os demais participantes da Olimpíada de todo o Estado do Paraná. E talvez aja o convite para que os alunos apresentem pessoalmente a sua peça teatral.

24 de jul. de 2013

Tira os bichos do zoo

 Zoo - Banda Karnak


Quem já foi a um zoológico ou viu por imagens o que é um zoológico?

O que pensa sobre isso? Acho interessante ver animais sem comprometer sua segurança? Gritou ou gritaria para o leão olhar para você, para o "urso de óculos" chegar mais perto ou a girafa não se esconder?

Mas o que será que tal situação tem haver conosco, homens livres, poderosos, que controlam as demais espécies, aprisionam para seu prazer, para sua segurança?

Bem, a visita a um zoológico nos mostra que os animais que lá se encontram, possuem o seu habitat natural reproduzido, de maneira reduzida é claro. Mas estão restritos a somente aquele espaço, não podem avançar a outros lugares, não podem nem mesmo exercer aquilo que é natural em si, como por exemplo a gralha azul, presa ela não pode voar e o seu canto é triste. Um chimpanzé parece se esconder das pessoas, pois acredito eu, ele já esteja cansado de ser visualizado. Imagine você, sendo observado, o dia todo, mesmo em momentos que você não quer.

O que estou me referindo, é que talvez a nossa vida seja esse zoológico. Sim, somos observados a todo momento, na escola, no trabalho. Estamos privados de exercer algumas coisas que são naturais em nós, não podemos também avançar para outros lugares, necessitamos de passaporte, pagar pedágio, cumprir com deveres.

O animal está no zoológico, ou como afirmaria Deleuze, na reserva, nós na empresa. E o índio? Tem uma reserva, é o seu local.

A vida é um imenso zoológico e acreditamos que somos livres. Alguns, poucos, realmente são livres, pois podem adentrar onde quiserem, mas a maioria não passa de um animal preso no seu espaço, rotineiramente limitado. Aquele que almejar sair dessa situação não é bem visto, é o louco, pois o certo é permanecer na ridícula rotina da vida moderna.