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28 de jan. de 2013

Santa Maria - a tragédia

É o assunto do momento. 
Na tv, nos jornais, na internet, nas rodas de conversa... em tudo isso se encontra um pouco da tragédia que ocorreu ontem, e nem preciso explicar sobre o que é, porque é praticamente impossível que você ainda não saiba.

Pelo que ocorreu, não há o que fazer. 
Mas o que poderia ter sido feito para evitar isso, é que é preocupante. No cálculo, podemos somar a imprudência do dono da casa, em não atentar para as normas de segurança; na fiscalização que aparentemente não ocorreu de forma regular; na falta de conhecimento do indivíduo que foi fazer o show pirotécnico; na ganância de superlotar o espaço para visar o lucro... e talvez você consiga apontar mais algumas coisas...

É fato que isso ocorreu por lá, mas poderia ter ocorrido (e ainda pode ocorrer) em qualquer casa noturna do país, pois muitas tem a mesma estrutura ou pior, sem o mínimo de segurança para os clientes.

Conta-se sempre com a sorte, evita-se investir em segurança por conta do lucro.
Os usuários (clientes), nem se preocupam em saber se a casa está dentro das normas que permitam SUA segurança. 

Aí alguém pode afirmar: Mas não podemos ser pessimistas, tem que pensar que tudo vai dar certo!!

A questão não é ser pessimista, é analisar a realidade. O pior pode acontecer e o que puder fazer para evitar, melhor. Pensamento positivo, é bom! Mas com um pé atrás. Talvez se o cara do sinalizador tivesse pensado na possibilidade do que iria acontecer, não tinha feito. Talvez se o dono da casa tivesse pensado que o pior poderia acontecer, tinha investido em segurança. Aquele sistema que detecta fogo e automaticamente liga a água para apagar, poderia ser uma alternativa.

Não sou especialista, nem estou falando mal porque aconteceu. Mas é necessário se precaver, trabalhar com as possibilidades, como afirmava o filósofo Sêneca. Estar preparado para o pior, tentar evitá-lo. 
E não só nas danceterias. Na casa, na escola, no trânsito... em todos os lugares é necessário se precaver. 

Mas a imprudência é geral, basta cair na estrada e ver o quanto as pessoas são irresponsáveis e não respeitam as sinalizações de segurança. Aí quando acontece, dizem que o jeito é rezar e pedir que não mais aconteça. É hora de sermos responsáveis pelos nossos atos, pois senão, ficamos aderiva e pela vontade do destino (para quem acredita nele).

23 de jan. de 2013

Perfeição - como é atual ainda


Na postagem anterior descrevi um pouco como as coisas ainda se repetem. As mesmas notícias e promessas de sempre.

Recordei então da atualidade da música da Legião Urbana, Perfeição. Que retrata velhos problemas e que ainda não se tem uma solução. Gosto do tom de ironia que há nessa música!

6 de jan. de 2013

6 de dez. de 2012

#56 O espetáculo da violência




Ao me deparar hoje, na saída do Colégio, com a possível briga entre duas alunas e os olhos passivos das pessoas que ali pararam e esperavam os primeiros pontapés, resolvi escrever.

Como é possível, as pessoas terem sede de violência, esperando o "espetáculo" ocorrer. Ainda mais, hoje, que qualquer um tem uma câmera para filmar, só em uma passada rápida de olho no público, vi 5 câmeras apontadas para a cena.

Isso é a barbárie. Mas também pudera, as pessoas ficam esperando até altas horas da madrugada para ver uma luta entre duas pessoas, para ver sangue, o estrago que vai fazer no outro indivíduo.

E se fosse com você, gostaria que os outros ficassem olhando e incentivando para a briga?
As consequências são grandes, pode haver uma morte, ou prejudicar fisicamente a vida de uma pessoa.

Mas o que importa é o espetáculo, não?

Você pode pensar que eram alunos, e que ainda não tem consciência... bláblábláblá...
Mas não, muitos adultos estavam passando e também ficaram olhando ou nem ligaram.

É aí que as tragédias ocorrem. Fácil lembrar da aluna que foi esfaqueada na saída do colégio, aqui mesmo em Guarapuava. E como não citar a foto da revista americana, em que um homem está no trilho do trem e ao invés de socorrer, o fotógrafo prefere a imagem.

Pense sobre isso!

22 de nov. de 2012

#55 A matriz curricular do Paraná









Se você está ligado nas últimas discussões à respeito da educação no Paraná, deve ter se deparado com a polêmica da matriz curricular unificada, que o governo do Estado do Paraná está empurrando para as escolas.

A matriz proposta pela SEED encontra-se aqui.

Isso porque, o governo acredita que o problema das notas do IDEB se deve a poucas aulas de matemática e português para os alunos, com isso quer diminuir aulas de Ed. Física, Inglês, Arte, Sociologia e Filosofia.

Sendo que o problema é muito maior e a qualidade de ensino depende de outros fatores do que aumentar ou diminuir algumas disciplinas. Além de deixar no limbo algumas disciplinas que terao apenas UMA AULA para dar conta do seu contéudo.

A discussão não é de que uma disciplina é mais importante que a outra, mas é isso que o governo quer que aconteça entre os professores. Para que cada um brigue por sua disciplina e nos desarticule, como sempre o faz.

A mudança de grade deve ser pensada, planejada e não colocada à força, sem dialogar. 

Cito abaixo a carta dos professores do Col. Visconde de Guarapuava com sua posição e convido à todos os interessados a se mobilizar em seus municípios, para mostrar que somos contrários a essa imposição, pois é a única forma de tentar reverter esse processo.
Aqui em Guarapuava faremos uma reunião amanhã para definir a mobilização no dia 27/11, aproveitando a data que a APP já havia marcado, cobrando além disso outra coisas que estão na pauta.

SENHORA SUPERINTENDENTE DE ENSINO E
SENHOR SECRETÁRIO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO


Nós, alunos(as), professores(as), funcionários(as), pais, mães e responsáveis legais por alunos do Colégio Estadual Visconde de Guarapuava, levando em consideração que:
  • A carga horária de trabalho diário de diferentes segmentos da sociedade é de 4 horas, enquanto que a carga horária escolar é de 4 horas e meia;
  • Nenhuma disciplina deve ter menos que duas horas semanais, para que se garanta a qualidade do processo ensino aprendizagem;
  • Propor a alteração da matriz curricular a partir de um diagnóstico mal elaborado não condiz com práticas pedagógicas e decisões administrativas democráticas e transparentes;
  • Muitos alunos já realizam estágios remunerados e a mudança nos horários escolares prejudicaria os mesmos;
  • Diversos alunos dependem do transporte escolar, que é realizado em parceria com os Municípios;
  • A discussão da escola em tempo integral precisa avançar para se garantir qualidade na educação básica, mas não pode desconsiderar a estrutura necessária;
  • A dualidade administrativa existente em nosso colégio e a falta de espaços adequados para atividades impede inclusive o desejado para as atividades já ofertadas (como sala de apoio, estágio do Curso Normal, atividades complementares, entre outros);
  • A matriz curricular que temos hoje é fruto de muitas discussões que levaram em consideração nossa capacidade estrutural, nossa equipe e diversos fatores que compõem nossa realidade;

Se pensarmos efetivamente em melhorar a aprendizagem dos alunos, não só para atingir bons índices estatísticos, mas garantir-lhes um direito constitucional à educação de qualidade, algumas medidas urgentes se fazem necessárias:

1) Manutenção do mínimo de duas aulas semanais para todas as disciplinas do
Currículo Escolar como condição mínima para realização do trabalho pedagógico de qualidade;
2) Redução do número de alunos por turma em sala de aula;
3) Implantação imediata e retroativa da Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério e 33% de hora atividade;
4) Desenvolvimento de Programas de formação continuada de qualidade para professores e demais trabalhadores em educação;
5) Revisão do porte das escolas de acordo com suas reais necessidades educacionais;
6) Ampliação da jornada escolar em direção à consolidação de uma Escola em
Tempo Integral e que vise uma formação integral como direito subjetivo e inalienável do cidadão.
7) Realização ampla de concursos públicos para suprir professores licenciados em todas as disciplinas da Educação Básica e demais educadores;
8) Investimento na infraestrutura das escolas, bem como, em novas tecnologias educacionais.

As tecnologias de informação e de comunicação são ferramentas que se bem utilizadas contribuem no processo da democracia participativa, mas não substituem o encontro para o debate franco e aberto para tomar as melhores decisões sobre as coisas importantes para a vida humana.

Por isso somos CONTRÁRIOS à mudança na Matriz Curricular na forma como está sendo conduzida e sugerimos que o processo de discussão continue no formato de assembleias escolares e posterior conferência estadual para o estabelecimento da nova Matriz Curricular.

Comunidade Escolar do Colégio Estadual Visconde de Guarapuava.