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23 de ago. de 2012

#50 Somos escravos, porque queremos!

Você está contente com a realidade? Feliz com a sua situação e da sua comunidade?
Se sua resposta é não, o que será que ocorre para que as coisas não sejam harmoniosas para todos?

Podemos culpar nossos governantes, que não fazem nada para melhorar, apenas prometem em suas campanhas mas não efetivam o seu discurso. Mas e você, o que tem feito? Imagino que está sem tempo, porque está estudando para ser "alguém na vida", trabalhando para conseguir comprar os bens "que realizam sua vida" e quando chega em casa só quer saber de relaxar, assistir aquela novelinha, ou ver o time do coração perder.

É justamente por isso, entre outras coisas que não está satisfatório para nós, mas está muito bom para uma minoria. 

Quem nos governa, é fruto das nossas escolhas e se ainda permanecem lá é por nossa falta de interesse em melhorar as coisas e se engajar na luta, ou pior, por interesse em manter um possível cargo, já que fulano me prometeu.

A isso, o filósofo Etienne de la Boétie (1530-1563), chama de servidão voluntária, porque consentimos em servir a um soberano, deixamos com que ele nos governe, mesmo não satisfeitos com suas ações, muitas vezes por estabelecer-se uma cadeia de relações em que se ele deixar opoer, eu também posso peder minhas regalias. Um bom exemplo disso é o filme "Senhor das armas", em que o protagonista é apenas mais um dentro de uma engrenagem e por isso, se ele se der mal outros podem cair, assim como exemplos no cenário nacional do "Tropa de Elite I" e especialmente "Tropa de elite II".

Mas se estivermos preocupados em agir, em provocar uma mudança, temos que tomar consciência da nossa situação e enxergar todo o aparelho ideológico onipresente na nossa vida. Esse é o primeiro passo, para aí então começarmos a buscar aonde devem ser os nosso alvos para que possamos efetivar o objetivo. Uma boa forma de compreender a nossa realidade, é o documentário "Servidão Moderna" de Jean-François Brient. O documentário é fascinante, revoltante e até mesmo desanimador. Mas ele consegue manter uma mensagem de otimismo, mas que depende da ação conjunta da massa populacional para desencadear a "quebra do poder", que segundo ele deve ser "quebrado e não tomado", porque enquanto houver poder haverá dominação. E não basta passar o poder para outro, pois ele fará de tudo para manter esse poder conquistado, assim no livro "O Príncipe" de Maquiavel, no qual em última instância deve-se utilizar a força.

Fica a indicação dos livros acima descritos, dos filmes e do documentário que pode ser visto abaixo.
Espero que isso inflame a sua vontade de mudança, e enquanto não mudamos por completo a nossa realidade social e o próprio sistema, é necessário que possamos escolher o menos pior (se é que há diferença entre um e outro, como sinaliza o documentário):


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