A poesia escolhida foi Conversa.
Confira:
CONVERSA
Há sempre uma fazenda na conversa
bois pastando na sala de visitas
divisas disputadas, cercas a fazer
porcos a cevar
a bateção dos pastos
a pisadura da égua
de testa — e vejo o céu — testa estrelada.
Há sempre
uma família na conversa.
A família é toda a história: primos
desde os primeiros degredados
filhos de Eva
até Quinquim Sô Lu Janjão Tatau
Nonô Tavinho Ziza Zito
e tios, tios-avósm de tão barbado-brancos
tão seculares, que são árvores.
Seus passos arrastam folhas. Ninhos
na moita do bigode. Aqui presentes
avós há muito falecidos. Mas falecem
deveras os avós?
Alguém desta clã é bobo de morrer?
A conversa o restaura e faz eterno.
Há sempre uma fazenda, uma família
entreliçadas na conversa:
a mula & o muladeiro
o casamento, o cocho, a herança, o dote, a aguada
o poder, o brasão, o vasto isolamento
da terra, dos parentes sobre a terra.
bois pastando na sala de visitas
divisas disputadas, cercas a fazer
porcos a cevar
a bateção dos pastos
a pisadura da égua
de testa — e vejo o céu — testa estrelada.
Há sempre
uma família na conversa.
A família é toda a história: primos
desde os primeiros degredados
filhos de Eva
até Quinquim Sô Lu Janjão Tatau
Nonô Tavinho Ziza Zito
e tios, tios-avósm de tão barbado-brancos
tão seculares, que são árvores.
Seus passos arrastam folhas. Ninhos
na moita do bigode. Aqui presentes
avós há muito falecidos. Mas falecem
deveras os avós?
Alguém desta clã é bobo de morrer?
A conversa o restaura e faz eterno.
Há sempre uma fazenda, uma família
entreliçadas na conversa:
a mula & o muladeiro
o casamento, o cocho, a herança, o dote, a aguada
o poder, o brasão, o vasto isolamento
da terra, dos parentes sobre a terra.
Daniel, que barato ficou. Dia 31 coloco no blog , te aviso e envio o link.
ResponderExcluirabraço
Valeu, foi uma produção em equipe.
ResponderExcluirVamos aguardar então o dia 31.
Que bonita homenagem, ficou muito boa.
ResponderExcluirDia 31 vou postar uma poesia.
Beijos.
Daniel, a postagem está programada para 11 da mannhã. vc sabe de qual livro foi extraído este poema? Não estou achando na net.
ResponderExcluirabraço
Vanessa, encontramos o poema numa Antologia, mas pela pesquisa que fiz o poema é de 1968 da obra Boitempo.
ResponderExcluirObrigado e até mais!
Até que enfim consegui postar meu comentário não é Daniel??então achei o máximo vcs criarem esse blog e essa poesia achei muito 10...vc esta de parabéns professor,pena que estaremos trabalhando junto por pouco tempo ainda,pois vai lecionar em Guarapuava tentar novos horizontes e fazer lógico novos amigos espero que não esqueça dos velhos...abraço da Q.P.S. Rosa Echer
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