MENU

6 de ago. de 2013

III Olimpíada de Filosofia

Olimpíada Filosófica - NESEF - UFPR
No dia 02/08 o Colégio Visconde participou da etapa regional da III Olimpíada de Filosofia que foi realizado no Colégio Tupy. O Colégio foi representado pelos alunos Christian Lucas, Cristiano Walter, Douglas Kuspiosz, Gabriel Rocha de Oliveira, Isabela Ames, Lehtícia Fiuza, Matheus Kurta e Nicole Bonfim, todos alunos do 2º ano do ensino médio, e orientados pelo Professor Daniel Donato Piasecki.


A Olimpíada é uma parceria entre três instituições (NESEF/UFPR/SEED) e se encontra na sua terceira edição. Ela se destina aos estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e privadas a fim de que produzam trabalhos filosóficos orientados por seus professores como mediadores no processo de pesquisa e produção filosófica. Tem como objetivo estimular atividades que permitam o estudante do Ensino Médio o estudo e a leitura de textos filosóficos, bem como a análise crítica das suas relações com a sociedade.



Os alunos fizeram a leitura do livro “Vigiar e punir” do filósofo francês Michel Foucault, e escolheram trabalhar a terceira parte que trata sobre a disciplina. Ouve diálogos para compreender o texto, assim como a leitura de textos de apoio e a visualização do filme “1984”, do diretor Michael Radford, homônimo do livro “1984” de George Orwell.

Após analisar a parte específica do texto, que se refere aos poderes disciplinadores da nossa sociedade para formatar os indivíduos, os alunos optaram por produzir uma peça teatral, que segundo o regulamento da Olimpíada, deveria ser gravado e enviado para a comissão organizadora, mas antes apresentado na fase regional.

Abaixo segue o link para quem tiver interesse em assistir o vídeo:


A Olimpíada de Filosofia não tem um caráter de competição entre os participantes, mas sim de estímulo à leitura das obras filosóficas já produzidas e que os alunos possam, por si, compreender o mundo em que vivem e também serem autores da sua vida e não meros reprodutores de pensamentos e discursos já efetivados por outras pessoas, o que não é fácil, mas que é a proposta da Filosofia.
 
A última fase ocorre em Curitiba, em que o professor apresentará o material produzido pelos alunos para os demais participantes da Olimpíada de todo o Estado do Paraná. E talvez aja o convite para que os alunos apresentem pessoalmente a sua peça teatral.

24 de jul. de 2013

Tira os bichos do zoo

 Zoo - Banda Karnak


Quem já foi a um zoológico ou viu por imagens o que é um zoológico?

O que pensa sobre isso? Acho interessante ver animais sem comprometer sua segurança? Gritou ou gritaria para o leão olhar para você, para o "urso de óculos" chegar mais perto ou a girafa não se esconder?

Mas o que será que tal situação tem haver conosco, homens livres, poderosos, que controlam as demais espécies, aprisionam para seu prazer, para sua segurança?

Bem, a visita a um zoológico nos mostra que os animais que lá se encontram, possuem o seu habitat natural reproduzido, de maneira reduzida é claro. Mas estão restritos a somente aquele espaço, não podem avançar a outros lugares, não podem nem mesmo exercer aquilo que é natural em si, como por exemplo a gralha azul, presa ela não pode voar e o seu canto é triste. Um chimpanzé parece se esconder das pessoas, pois acredito eu, ele já esteja cansado de ser visualizado. Imagine você, sendo observado, o dia todo, mesmo em momentos que você não quer.

O que estou me referindo, é que talvez a nossa vida seja esse zoológico. Sim, somos observados a todo momento, na escola, no trabalho. Estamos privados de exercer algumas coisas que são naturais em nós, não podemos também avançar para outros lugares, necessitamos de passaporte, pagar pedágio, cumprir com deveres.

O animal está no zoológico, ou como afirmaria Deleuze, na reserva, nós na empresa. E o índio? Tem uma reserva, é o seu local.

A vida é um imenso zoológico e acreditamos que somos livres. Alguns, poucos, realmente são livres, pois podem adentrar onde quiserem, mas a maioria não passa de um animal preso no seu espaço, rotineiramente limitado. Aquele que almejar sair dessa situação não é bem visto, é o louco, pois o certo é permanecer na ridícula rotina da vida moderna.

18 de jun. de 2013

De repente?


Será que de repente os brasileiros ficaram preocupados com o rumo do país? Será que de repente resolveram levantar e questionar? Será que de repente resolveram levantar do sofá e ir às ruas?

Acredito que não foi de repente. Mas sim, que isso foi sendo gestado ao longo da aparente inércia reivindicatória que a população apresenta, de um falso comodismo. Porque não é possível que ninguém, mesmo que seja para o colega, manifestasse a sua indignação frente a tantos abusos, tantas artimanhas que são usadas para desviar nossa atenção e resolver situações sem que nos demos conta da real situação.
Aqueles que já estão de certa forma estabilizados socialmente (seu empreguinho, pessoas para cuidar e dar satisfação, "status social") acabam por verificarem que se encontram em uma situação não das melhores, mas também não das piores. PrefereM reclamar do governo no local de trabalho, na mesa de bar.
Os intelectuais no Brasil preferem manter-se distante da sociedade, não se manifestam ou quando aparecem sempre são os mesmos, nos mesmos programas, nos mesmos lugares, com os mesmos discursos...
O que afirmo que não aconteceu de repente, é porque essa gestação de inconformismo encontrou ligação pelas redes sociais e nos primeiros momentos que foi televisionado, fez com que alguns verificassem que a reivindicação era plausível e que estava na hora de aproveitar o momento de mídia internacional cobrindo o esporte midiático e daí em diante foi eclodindo manifestações com várias temáticas. 
Mas na verdade, todas elas são fruto do que vem ocorrendo mundialmente, seja lá na primavera árabe ou nas manifestações espanholas, o que todos querem é dignidade, humanidade e não mais servidão. 
As coisas não acontecem de repente, elas são gestadas e agora, algo será parido, fruto de tanta humilhação e escravidão. O que se deve fazer agora, é continuar, não parar. Porque há muito o que reivindicar e conquistar.
É importante frisar, que muitos estão na luta a tempos, tentando reivindicar e agora aparece a mídia, mudando de opinião de um dia para o outro e abraçando a causa. Tomar cuidado com algo desse tipo é muito importante, pois não estavam todos sentados e esperando.


E você: ATÉ QUANDO VAI LEVANDO?

2 de jun. de 2013

Concurso cultural estimula criatividade

 


No sábado (25/05), no Colégio da Polícia Militar do Paraná, em Curitiba, ocorreu a premiação dos finalistas do “Concurso Cultural Recriando Vinicius e Drummond: aprendiz em construção”, que foi realizado numa parceria da editora Companhia das Letras e Secretaria Estadual de Educação do Paraná, tendo como objetivo estimular a produção poética, ilustrativa e musical dos alunos. O concurso foi realizado em nível estadual e ocorreu em outros sete Estados brasileiros. No total, foram 403 trabalhos recebidos entre todas as categorias, que foram analisadas por uma curadoria especializada em cada modalidade de participação. 
Três eram as categorias que os alunos poderiam participar: canção, ilustração e poesia.
Os representantes da nossa região na grande final foram alunos de Guarapuava e Pinhão.

1 de mai. de 2013

Museu do Holocausto - Curitiba

Sexta-feira passada (26/04) os alunos do 2º ano do magistério da manhã do Colégio Visconde de Guarapuava, alguns professores e eu, visitamos o Museu do Holocausto, em Curitiba.
Inaugurado a pouco tempo, o Museu é pequeno, mas conserva a memória de um dos episódios mais marcantes da história da humanidade. 
A foto acima, foi tirada na entrada do Museu, que proibe o registro na parte interna. Acompanhados de uma guia, que consegue prender nossa atenção pelo conteúdo das suas explicações e da interatividade que proporciona, foi possível compreender melhor essa história e também se emocionar com algumas imagens e histórias de pessoas, que tentaram, com o que podiam, resistir ao verdadeiro inferno que deve ter sido para aqueles que presenciaram esse horror.

Em uma das partes do Museu, existe alguns panos brancos, que contêm o nome de pessoas que são chamadas de Justos, por terem ajudado algum judeu no momento do Holocausto, sem esperar nada em troca. Um dos Justos mais famosos é Oskar Schindler, que teve até um filme contando a sua história. Mas o que quero destacar, é o conhecimento sobre um Justo, até então, desconhecido e que coincidentemente tem o mesmo sobrenome que o meu: Piasecki. O Justo é Leopold Piasecki, o qual estou tentando conhecer melhor a sua história, mas que ainda não obtive muita coisa.

Acredito que a visita, contribui para que não seja esquecido o que ocorreu nesse período histórico e como em outros momentos da história humana, como é lembrado na parte final do Museu, que possuí um quadro de vários acontecimentos semelhantes, em que a intolerância, o preconceito e as ações desumanas provocaram situações trágicas.Talvez a educação possa contribuir para que "Auschwitz não se repita", como afirmou o filósofo Adorno. Enquanto houver atos desse tipo, a lembrança desses fatos não podem ser esquecidas.