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3 de abr. de 2014

Temos cara de que?



A pergunta que é título desta postagem se refere ao que parecemos ser.
Porque tenho percebido, a um bom tempo, que todos nós temos cara de algo, pois é assim que as pessoas nos veem. 
Por que afirmo isto?
Bem, tenho sido tratado em muitos lugares por onde vou, não como professor, mas como aluno. Sou síndico no prédio em que moro, mas quem não conhece o síndico fica surpreso quando me vê. 
Hoje, por exemplo, em um dos colégios que trabalho, funcionários de uma empresa resolveram remover um vidro quebrado de uma das salas, quando havia aula, colocando em risco a integridade física dos alunos e atrapalhando a aula. Quando fui verificar se podiam fazer em outro momento aquilo, o rapaz me disse "Piazinho, fique longe do vidro, porque pode lhe machucar". Piazinho? Fora isso, se ele estava preocupado em não machucar alguém, deveria ter evitado fazer em horário que estivesse tendo aula.
Como será que as pessoas pensam que deve ser um professor? Imagino que o que passa pela cabeça delas, são pessoas velhas, cabelo branco ou sem cabelo, quase no fim da vida... Como estimular alguém a ser professor se esta é a imagem que, aparentemente, as pessoas tem do profissional da educação?
Que cara tem um síndico?
Que cara tem o médico? 
Que cara tem o pagodeiro?
Que cara tem a prostituta?
Que cara tem o homossexual?
Que cara tem o caminhoneiro?
Que cara tem o político?
Que cara tem o agricultor?
Que cara tem o corintiano?
Que cara tem o padre?
Que cara tem o ladrão?
Que cara tem o pai?
As pessoas criam estereótipos para designar quem os outros são e não conseguem enxergar além da aparência.

Amplie isto ao preconceito que há na sociedade, que julgam-se as pessoas pela sua aparência!!! É necessário ver além da aparência, pois ela não nos diz quase nada sobre a pessoas, nem o que elas são ou fazem.

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