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1 de mai. de 2012

# 41 O voo de Ícaro e nós



Segundo a mitologia gregra, Dédalo e seu filho Ícaro foram aprisionados no alto de uma torre, vigiada por soldados. Não sendo possível sair pela porta, Dédalo com sua engenhosidade, produziu asas com a cera das velas e as penas das aves que sobrevoavam a torre. Terminadas as asas, Dédalo e seu filho fugiram pela janela, mas antes de iniciar o voo, Ícaro foi alertado pelo seu pai para que não voasse muito alto para que a cera das velas não derretessem com o calor do sol. 
Porém, vislumbrado com a sensação de liberdade, Ícaro se esquece das recomendações do pai e acaba por fazer seu voo próximo ao sol, acabando por derreter suas asas e consequentemente não conseguindo mais voar e caindo no mar. Dédalo, prudente com a sua invenção consegue chegar a outra ilha e sobreviver. 

O que nos diz essa passagem da mitologia grega e que podemos relacioná-la a nós?

Bem, tenho trabalhado essa passagem realacionada a ciência e toda a nossa produção de conhecimento, tecnologia, intervenção na natureza. 
Dédalo desenvolveu uma tecnologia, mas sabia das limitações da sua invenção e que se não fosse utilizado da forma correta poderia prejudicar ele mesmo. 
Nós também criamos, inventamos muitas coisas que facilitam nossa vida como carros, produção em larga escala de produtos, medicamentos, alimentos modificados geneticamente, clones de animais... 
Mas será que pensamos nos limites dessas invenções? Nas consequências de criar tais produtos? Utilizamos de forma prudente ou de forma indiscriminada? 

Somos engenhosos como Dédalo, mas não podemos ser irresponsáveis como Ícaro, que não pensa nas consequências das suas ações e se dislumbra facilmente com as invenções. Devemos sim criar, produzir coisas que facilitem nossas vidas, mas não utilizar de forma indiscriminada, sem pensar nas consequências. Temos hoje a preocupação mundial com o meio ambiente, e muito se deve a nossa intervenção na natureza, produzindo consequências talvez irreversíveis. Tivemos um espírito parecido com o de Ícaro, irresponsável. E agora estamos tentando seguir com um espírito de Dédalo, responsável e de análise das consequências da nossa ações e produções.

O que você pensa sobre isso?

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