A
pretensão desse texto não é a de julgar os eventos ocorridos nos
últimos dias, mas de proporcionar uma análise sobre nossas ações.
Desde
que passei a trabalhar neste colégio, a 4 anos atrás, me deparei
com a “tradição da guerra de bexigas com água”. Não vejo
problema algum nessa “tradição” e até entendo que é um
momento de subversão dos alunos, de emoção por agir contra as
regras, e de graça até mesmo por acertar quem não gostaria de ser
molhado.
Mas
se é uma tradição, como começou?
Se
é de caráter de subversão, essa é a única maneira? Todos já não
esperam algo do gênero?
Age-se
contra as regras, mas de certa maneira ao se esperar, professores,
direção e funcionários não fazem apenas vista grossa?
Atingir
o outro, que não quer participar, é justo? Creio que se fizessem
algo parecido com você, ficaria com raiva, reclamaria para a
direção, os pais, na rede social (principalmente) e muito mais.
O
que significa manter essa “tradição”?
Como
afirmei, nada contra, para quem participa deve ser divertido e muitos
esperam 12 anos dentro do mesmo colégio para poder chegar no
terceiro ano e promover esse “evento”.
Mas
como encontram disposição para prepara algo como “a guerra das
bexigas”, mas não lutam por questões que sempre levantam de forma
sigilosa, só para alguns professores, como o acesso livre dos alunos
ao wifi, a utilização dos aparelhos celulares e smartphones na hora
do intervalo, jogos entre salas?
Será
que é uma questão de prioridades?
Ou
continuamos a fazer isso, porque os outros fizeram, só sabemos fazer
assim e acreditamos que não há outra forma de se fazer atos de
subversão que venham a ser benéficos?
Como
sugerido no título, perguntar pode ofender alguns. Mas não foi esta
a intenção.