Quem nunca vendeu ou
comprou uma rifa para ajudar uma escola, que precisa pintar a quadra,
arrumar os banheiros, arrumar o telhado, fazer um puxadinho, comprar
material de expediente, arrumar os tacos da sala, comprar um
datashow, pintar o quadro, comprar um computador... e por aí vai.
Ou comprou pastel,
pizza, foi no bazar?
Como afirma o
título, aprendemos e ensinamos na escola a pedir, através de uma
ação solidária. Mas você já parou para pensar, que, em se
tratando de escola pública, você já pagou por tal melhoria,
através dos seus impostos?
Pois é, isso não é
novidade para ninguém, mas com o passar dos anos, primeiro como
aluno e agora como professor, percebo que este hábito continua.
Deveríamos, em
parceria com os alunos, os pais e toda a sociedade, cobrar do poder
municipal, estadual ou federal, que realize as melhorias ou que envie
um valor adequado para que as escolas possam realmente funcionar.
Acredito que esta é
uma maneira de fazer a sociedade compreender que é contraditório o
que os governantes afirmam sobre os investimentos em educação,
perante a realidade.
Pois, como já é de
costume da nossa cultura, devido a burocracia para se conseguir as
melhorias nas escolas, acaba-se por dar um jeito, que é incentivando
nossos alunos e pais a dar uma ajuda através da rifa, da compra da
pizza, fazer uma festa junina para arrecadar dinheiro para as
melhorias, em que os alunos doam os ingredientes e depois compram por
preços absurdos o que eles mesmo doaram.
Deveríamos chamar a
sociedade e publicizar o problema, para que ajudem a cobrar de quem
deve garantir as condições mínimas.
Assim como, quando
faltam funcionários para fazer a merenda, não deslocar alguém para
cobrir esse furo. Não tem funcionário, não tem merenda. Não tem
funcionário para fazer a limpeza da escola, vai ficar sujo.
Não podemos ficar
maquiando o que não está bom, devemos reivindicar e parar de pedir
por aí para garantir aquilo que nos é de direito.
É claro que nos
trará problemas, mas quem sabe, isso pode fazer com que nossos
alunos aprendam a reivindicar seus direitos e cobrar de quem deve,
sendo indivíduos conscientes de seus deveres, direitos e que sabem
de quem cobrar e que quando necessário, vão para a rua e não ficam
em casa esperando as coisas acontecerem.