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24 de jun. de 2012

# 46 O que enxergar?

 


Assisti hoje o filme "Jeff Who Lives at Home", com a única pretensão de entretenimento por uma hora e pouco. Porém, o filme me surpreendeu e trouxe-me até essa postagem.

O filme é simples, mas trata de alguns assuntos cotidianos e problemáticos que alguns tem de lidar.

Jeff, o personagem principal é um cara de 30 anos, que mora com a mãe e procura enxergar sinais nos acontecimentos cotidianos. Recebe uma ligação em que procuravam por um tal de Kevin e acredita ser aquilo um sinal. Seu irmão, bem sucedido profissionalmente, está um momento difícil no casamento. Sua mãe, viúva passa aparentemente por uma reflexão do que se tornou sua vida e começa a ser galanteada no local de trabalho.

É uma comédia, aparentemente despretensioso, mas como um quebra-cabeça as partes fazem sentido no final.

Mas o que me levou a escrever sobre o filme é a questão do que devemos fazer nas mais variadas situações. Agir como? Cada ação levará a um determinado fim, como saber se estamos agindo corretamente? O que é o certo a fazer?

Jeff acredita que devemos seguir nosso instinto, é um tanto vago. Mas é a "fórmula" que ele encontra. E acaba dando certo para ele no final (não vou contar tudo senão perde a graça caso você queira assistir).

Talvez quando algumas coisas acontecem, sejam sinais para nós, mas não conseguimos enxergar. Pode ser alguma coisa mística, mágica como os livros do Paulo Coelho. Mas se você enxerga sinais nas coisas, e se orienta por elas, o que posso dizer?

Simplesmente gostei e quis compartilhar com vocês essa reflexão.

18 de jun. de 2012

#45 Rio +20, interesses e futuro






As discussões a respeito da problemática ambiental estão em pauta, principalmente pela reunião do Rio +20.
Porém, parece estar longe um consenso e a efetivação de ações que viabilizem o futuro da raça humana. Isso porque acredito que o mundo continuará existindo, a natureza tem a capacidade de se adequar, tem seus ciclos, mas nós somo frágeis e a única possibilidade de perpetuar nossa espécie e evitar uma extinção é utilizar nossa criatividade e inteligência. 
Porém, os interesses econômicos ainda falam mais alto, porque essa inteligência e criatidade possuímos. Basta você fazer uma pesquisa rápida sobre alternativas de energia, de consumo racional das matérias primas, formas de reaproveitamento, baixo impacto ambiental que você encontrará milhares de soluções, mas que são normalmente de alto custo, pois a demanda ainda é pouca. 
Além do mais, tais reuniões como Rio +20 e tantas outras que sempre acontecem pelo mundo, acabam não desenvolvendo-se porque os principais poluidores e geradores de impactos ambientais grandiosos, ficam em cima do muro, evitando assumir responsabilidades. Fica sempre nas costas da população, que deve ter medidas simples e evitar desperdícios, consumo consciente e bla bla bla. Claro que isso é importante, mas é necessário que os maiores responsáveis realmente sejam responsabilizados e invistam em medidas que desonerem o impacto ambiental.
Não acredito nessa possibilidade de sustentabilidade, porque toda atuação humana acaba modificando a natureza, e ela irá responder ou se protejer de alguma maneira, mas é necessário diminuir o máximo possível nossa interferência no ambiente que vivemos. Somos parte da natureza, ela é mais poderosa que nós. Basta ela dar uma chacoalhada que nossas usinas explodam e nos matem. 
A responsabilidade é de todos, a discussão deve ser feita, mas é urgente a tomada de medidas que evitem o pior. Já estamos atrasados e ainda ficamos com discussões que tentam não impedir o crescimento econômico, pensando em como destruir pouco a natureza e conquistar mais dinheiro. 
Isso é um contrasenso, pois ainda se pensa que o dinheiro é mais importante que a vida. Claro que para quem não estará vivo nos próximos anos, não há preocupação. Quanto a isso não sei o que pode ser feito, mas é necessário tentar fazer algo e evitar realmente, com objetivos e regras, de forma a modificar a possibilidade muito maior de extinção humana, do que de sobrevivência humana.

Um bom filme/documentário sobre o assunto é "Era da estupidez". Segue o  link do trailer abaixo e no youtube pode ser assistido por completo:



7 de jun. de 2012

#44 A tese dos 144 caracteres



O tema dessa postagem não foi verificado empiricamente, é baseada apenas em algumas observações do cotidiano, podendo ficar presa ao senso comum. Mas acredito que vale a pena pensar sobre isso.


No mundo da informação, da conexão e do dinamismo, as pessoas acabam fazendo tudo muito rápido e esperando que tudo venha "mastigado", pronto. Tenho observado em sala de aula (nível médio e universitário) que os alunos (sem generalizar) não conseguem prestar atenção durante poucos minutos, seja numa leitura ou numa explicação. Tenho brincado que é preciso sair da ideia de que 144 caracteres é suficiente (fazendo analogia ao twitter), que conhecimento se dá em mais do que poucos palavras e que é preciso ter atenção, e que é difícil falar sobre um assunto em poucos segundos ou caracteres.